O Brasil é mais uma vez campeão olímpico no vôlei masculino. A seleção, que chegou a estar a um passo de ser eliminada ainda na primeira fase, confirmou a volta por cima neste domingo. Diante a ‘freguesa' Itália, os comandados de Bernardinho dominaram a partida e venceram por 3 sets a 0 (25-22, 28-26 e 26-24) para levar a medalha de ouro para casa, a terceira dos homens na modalidade na história.
O Brasil dominou completamente a partida neste domingo. Empurrado por um Maracanãzinho lotado, o time esteve poucas vezes atrás do placar. E fez o que já vinha fazendo nas partidas anteriores: manteve os sets equilibrados até o final, quando deslanchou para fechar as parciais.
De novo, o destaque foi Wallace. Com os dois ponteiros titulares ainda longe de estarem 100% fisicamente, o oposto voltou a chamar a responsabilidade. No fim, anotou 20 pontos para ser o maior pontuador da partida.
Mas Lucarelli e, principalmente, Lipe também merecem destaque. Os dois se machucaram nas quartas de final diante da Argentina, mas nunca quiseram deixar a equipe. Na final, voltaram a ser fundamentais.
Lipe contagiou a equipe como sempre, apareceu muito bem no saque e acabou com 11 pontos. Lucarelli aguentou como pôde até o terceiro set e deixou a quadra com mais 5 pontos.
Desta vez, o título teve gostinho para lá de especial. Afinal de contas, a Itália sempre foi uma grande rival histórica e fez de tudo para tirar o Brasil do Rio 2016. Na primeira fase, chegou a ‘entregar' um jogo para o Canadá para aumentar a pressão para cima do time verde-amerelo.
A estratégia, porém, não funcionou. O Brasil garantiu a classificação vencendo a França e embalou de vez na competição. Passou pela Argentina nas quartas, atropelou a Rússia na semi e hoje bateu mais uma vez a Itália.
O curioso é que, desde que Bernardinho assumiu a seleção, em 2001, toda a rivalidade com a Itália se transformou em uma verdadeira freguesia. Foi nada menos que a 21ª vitória brasileira em 29 encontros. E a oitava em jogos de mata-mata, a quarta em finais.
A Itália foi, por exemplo, a rival do primeiro título de Bernardinho na Liga Mundial de 2001. E também a adversária do primeiro e até então único título dele em Olimpíadas, em 2004.
Único até este domingo, é claro