Por apenas 16 mil votos, Mato Grosso do Sul preferiu escolher a novata Soraya Thronicke para senadora em 2018 no lugar de Waldemir Moka. Com menos de dois anos no cargo, a senadora mostrou a que veio: meteu uma verdadeira facada nas costas do padrinho político: presidente Jair Bolsonaro.
Mas, quem perdeu mais que Bolsonaro foi o sul-mato-grossense. Moka teve dois feitos raros como representante de MS: ficou longe dos escândalos do então PMDB, que explodiram com André Puccinelli, e ainda foi o senador que mais verbas trouxe para municípios do Estado.
Conhecido como homem técnico, Moka sempre recebeu elogios pelo bom uso das emendas parlamentares e trâmite em Brasília, beneficiando o Estado. Nas eleições de 2018, porém, não se reelegeu, ficando atrás de Nelsinho Trad e da própria Soraya.
A então novata se apoiou na onda Bolsonaro e disparou em votos. Logo após ser eleita, soltou: ‘não sou caroneira’ do presidente. Só não viu quem não quis...
''Não sou caroneira de Bolsonaro. Nos alinhamos nos ideais, mas meu número de votos significa quatro anos nas ruas com o povo, batendo de porta em porta" - Soraya, no dia que foi eleita
Agora, a verdadeira face de Soraya veio à tona: foi uma das causadoras da maior derrota política de Bolsonaro no Senado, ao derrubar veto do presidente que impedia reajustes salariais na pandemia. Não contente, criticou abertamente e pediu a cabeça de Paulo Guedes. Em retaliação, teve indicados políticos retirados dos cargos e é desidratada por Bolsonaro.
Assim, novamente, quem sofre é MS, que escolheu a traidora...