Sem conseguir os remédios carbamazepina e fenobarbital há seis meses pela rede pública, Andrey Ferreira Reginaldo, 19 anos, luta para manter a epilepsia controlada, em Campo Grande.

Desempregada e sobrevivendo apenas com o auxílio do governo, a mãe Cristiane Neves Reginaldo, 29 anos, tem usado o dinheiro que não tem para comprar os remédios do rapaz para evitar crises convulsivas do jovem.

Desde novembro, Andrey está sem conseguir pegar os remédios nos postos da cidade para controlar a epilepsia.

Segundo a mãe, o filho toma medicação contínua desde 2017, mas, nos últimos meses, o remédio está em falta. Para não deixar o filho ter crises convulsivas, ela acaba usando o dinheiro destinado à comida ou pegando emprestado para atender o rapaz.

"Estou desempregada, não consegui aposentar ele ainda e não temos renda. O pouco que recebo tenho que tirar e torno de R$ 250 a R$ 300 para ele não ficar sem o remédio", explica.

A mãe conta que já rodou os postos dos bairros Anache, Nova Lima, Nova Bahia, Noroeste e até Vida Nova, mas todos informam que o remédio está em falta e sem liberação de nova remessa.

Cristiane morava de aluguel, mas, por falta de dinheiro e gastos com remédios, precisou mudar-se e está morando em uma região conhecida como favelinha.

"Eu precisei mudar, não tinha dinheiro para tudo. Além do Andrey, ainda tenho outros três filhos menores. Ter acesso novamente a esse remédio pela rede pública seria um alívio financeiro", comenta.

Em nota, a Sesau informou que "atualmente, o estoque está atendendo os pacientes em situação de internação, e que está empenhada em normalizar o fornecimento o quanto antes, acelerando os processos de compra".