A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) emitiu um comunicado, nesta sexta-feira (30), informando a superlotação nas unidades de urgência e emergência de Campo Grande. Segundo o órgão, há um surto de sintomas gastrointestinais crescendo nas últimas duas semanas
Os atendimentos diários saltaram de uma média de 2 mil para cerca de 4 mil. "A maioria é de pacientes adultos e sem queixas de doenças respiratórias, mas com sintomas gastrointestinais (diarreia, vômito, dor no estômago)", diz a Sesau.
A Secretaria de Saúde ressalta que faz semanalmente o acompanhamento e o monitoramento das doenças diarreicas agudas (MMDA), onde todos os serviços de saúde públicos e privados informam o número de casos registrados com sintomas de diarreia com duração de até 14 dias.
"O levantamento do início do ano até 24/08/2024 mostra um crescimento de 30% nos casos de doenças diarreicas agudas na Capital (2023: 47.583 casos; 2024: 62.533 casos). Durante a semana epidemiológica 34 (de 18/08 a 24/08), o aumento foi de 110% nos atendimentos, passando de 1.401 casos em 2023, para 2.998 casos em 2024", aponta boletim.
A Sesau orienta à população que procure primeiro uma Unidade de Saúde da Família (USF) antes de recorrer a uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) ou CRS (Centro Regional de Saúde). Além das consultas agendadas, as USFs também atendem as demandas espontâneas.
"Agindo assim, os pacientes podem evitar que casos de menor gravidade acabem parando nas unidades de emergência e urgência e, desta forma, sobrecarregando o fluxo de atendimento", destaca a instituição.
O problema, causado especialmente pelo rotavírus, também tem afetado os municípios de Goiás.