A inglesa Pippa Sharp, 49 anos, acreditou ter candidíase de repetição por meses até descobrir que os sintomas que vivia eram, na realidade, um câncer de vulva em estágio avançado. O diagnóstico levou a mulher a passar por uma cirurgia que removeu parte dos grandes lábios da vagina dela.
Hoje, a moradora da cidade de Leeds, na Inglaterra, se dedica em alertar mulheres a prestarem atenção aos sinais que o corpo dá antes que o problema se torne mais grave.
“No começo, fiquei envergonhada sobre o câncer de vulva, mas agora não consigo ficar quieta sobre isso. É um câncer raro, mas isso não significa que as pessoas não devam saber sobre ele”, afirmou em entrevista ao jornal The Sun.
Primeiros sintomas do câncer
O primeiro sinal de alerta surgiu em agosto de 2022, quando Pippa notou uma pequena área dolorida e dura nos lábios externos esquerdos da vulva.
O sintoma foi ignorado pelos cinco meses seguintes, até que ela foi a uma consulta de rotina com um clínico geral em janeiro de 2023. Na ocasião, Pippa também apresentava outros sintomas, como secreção sanguinolenta e coceira persistente.
Ao ver a lesão, o médico sugeriu que poderia se tratar desde um cisto infectado ou até mesmo de um câncer. Uma biópsia revelou que a inglesa tinha câncer de vulva.
Os médicos acreditavam que a doença pudesse estar em estágio inicial, concentrada no tecido inchado nos lábios externos esquerdos. No entanto, novos exames mostraram que o tumor havia se espalhado para os gânglios linfáticos na virilha, indicando câncer em estágio 3.
Pippa passou por uma cirurgia para remover a massa, em março de 2023, além de 50 sessões de radioterapia e cinco de quimioterapia.
Em janeiro deste ano, a região genital de Pippa voltou a inchar. “Eu sabia no meu coração que o câncer estava de volta”, contou. No mês seguinte, uma biópsia confirmou o diagnóstico de metástase. A doença havia atingido os lábios direitos e o ânus.
Como resultado, a inglesa precisou remover uma parte do lábio direito e agora aguarda para voltar ao tratamento com radioterapia e quimioterapia.
Câncer de vulva
O câncer de vulva é bastante raro. Ele acomete a área externa do órgão genital feminino — composta pelos grandes e pequenos lábios, o clitóris e a abertura dos canais da vagina e uretra.
Os principais fatores de risco para a doença são infecção pelo papilomavírus humano (HPV), tabagismo, imunossupressão e idade avançada.
Geralmente, o câncer começa na pele ou nas glândulas da vulva, mas pode se espalhar para outras áreas como metástase.
Os principais sintomas da doença são:
- Coceira;
- Dor ou sensibilidade;
- Dor ao urinar;
- Caroços;
- Feridas que não cicatrizam;
- Ínguas;
- Sangramento vaginal;
- Mudanças na textura ou na cor da região.