Desde o início do ano, Yago Souza Sodré, de 7 anos, tem passado por consultas médicas com pneumologista, gastroenterologista, neurologista e oncologista para conseguir a aprovação dos médicos para realizar a cirurgia no quadril, em Campo Grande.
Yago nasceu em meio a uma história de luta e resistência. A mãe, Renata Souza Sodré, teve morte cerebral aos cinco meses de gestação, em março de 2017, mas foi mantida ligada a aparelhos por 61 dias para que o bebê pudesse nascer.
Hoje, Yago enfrenta a paralisia cerebral, Síndrome de West e uma má formação severa no quadril, que o impede de andar. Cuidado pela avó, Adriana de Souza Avalos, de 52 anos, ele está empolgado com as autorizações e ansioso, pois sabe que através dela existe a chance de caminhar.
"Foram muitas idas e vindas, longa espera até que passasse por todos os médicos e por fim o anestesista que deu ok para a cirurgia", comemora Adriana.
Agora a família espera retorno de quando será agendada a cirurgia. "Não sabemos se vai demorar um mês, dois ou até três, mas estamos felizes com a aprovação e com tudo o que vem de bom por aí", comemora.
História de Yago
Renata Souza Sodré aos 22 anos, sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) em casa e foi levada para a Santa Casa de Campo Grande. Três dias depois, os médicos constataram a morte cerebral. O sonho de ser mãe foi interrompido, mas a família e os médicos decidiram manter a jovem ligada aos aparelhos para permitir que o bebê continuasse se desenvolvendo no útero.
Após 61 dias de gestação mantida artificialmente, Renata parou de reagir ao tratamento, e os médicos decidiram fazer uma cesariana de emergência. Assim, no dia 28 de maio de 2017, Yago nasceu prematuro, com apenas 27 semanas de gestação. Desde então, a vida do menino tem sido marcada por desafios médicos e superação.
Ele vê as crianças brincando e quer andar"
Mesmo com os desafios, Yago segue cheio de vontade de viver e de se movimentar. "Ele vê as outras crianças correndo e brincando na escola e fica nervoso porque quer andar. Ele tenta todos os dias, mas não consegue. "Temos fé que com a cirurgia isso vai mudar", crê a avó.