Pressionado por grupos que defendem o uso da ivermectina na prevenção e tratamento da covid-19, o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, evitou se meter em polêmica, mas fez discurso contra a automedicação.
“Todos os remédios que forem receitados pelos médicos, desde que registrados com seus CRMs, nós vamos disponibilizar”, declarou durante live nas redes sociais, nesta segunda-feira (6).
Geraldo não citou nomes, mas a ivermectina, usada no tratamento de vermes e parasitas, como piolhos, é considerada o remédio da vez. Como não há evidências científicas suficientes sobre efeitos contra a doença, o secretário deixou claro que o governo não vai distribuir a medicação sem informações suficientes.
“Nós não queremos entrar nessa discussão muito politizada acerca deste ou daquele medicamento. Temos evitado a politização em Mato Grosso do Sul. Já basta o que aconteceu a nível nacional, onde no Brasil a condução do combate ao coronavírus é a mais criticada do planeta. O que nos compromissamos é de todas as nossas decisões serem baseadas na ciência”, apontou.
Por enquanto, o foco da Secretaria de Saúde continua sendo no aparelhamento dos hospitais de Mato Grosso do Sul. Em Campo Grande, com o Hospital Regional já usando a unidade de campanha e beirando a lotação, Geraldo negocia a implantação de 18 leitos de UTI no Hospital do Câncer.