Internada há 11 dias na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Coronel Antonino, com insuficiência pulmonar, Djaci Martins Taveira, 77 anos, aguarda vaga para um hospital, para tratamento com oncologista, em Campo Grande.

Vendo a saúde da mãe, bastante debilitada, Marilene Martins Taveira de Souza, 52 anos, procurou a Defensoria Pública depois de ver a mãe há quase duas semanas em uma maca, na enfermaria de uma UPA, e não conseguir atendimento especializado para a idosa.

Segundo a filha, a mãe já sofre com problemas de insuficiência pulmonar, mas nos últimos dias viu o caso piorar e a mãe internar.

"Ela passou mal, levamos no médico e já internou, desde o início informaram que o caso dela é tratado com oncologista, mas não conseguimos vaga", explica Marilena.

Os médicos da UPA orientaram a família procurar ajuda da Defensoria Pública para conseguir a vaga em um hospital e já foi feita intimação, mas ainda não saiu a vaga.

A nova orientação é que se não saísse a vaga, fossemos atrás da Casa da Saúde. Minha mãe está debilitada, fraca, não consegue comer e já respira por oxigênio, é importante essa vaga", desabafa.

Marilene e mais duas irmãs revezam como acompanhante da mãe e temem pela saúde dela internada na UPA.

"Passaram várias pessoas pela UPA e conseguiram vaga e a minha mãe que está grave até hoje nada. Precisamos com urgência dessa vaga", pede.

A reportagem entrou em contato com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) para verificar a regulação da paciente e aguarda retorno.

Em resposta, a secretaria informa que a paciente está estável, respira com a ajuda de oxigênio, está sendo atendida e assistida pelos profissionais de saúde da UPA Cornel Antonino. O sistema de regulação (SISREG) da SESAU se empenha neste caso para cumprir a determinação de transferir a paciente para um hospital com tratamento oncológico. Logo que a vaga for disponibilizada, a idosa será encaminhada.

*Matéria alterada às 15h41 para acréscimo de resposta da Sesau