Há seis meses realizando semanalmente sessões de quimioterapia, o drama da arquiteta Mônica Maria Marinho dos Reis Tasso, 58 anos, ficou ainda mais grave nos últimos dias. Ela teve o tratamento suspenso por um motivo, no mínimo, revoltante: a falta de medicação no Hospital Rosa Aparecida Pedrossian.
Lutando incansavelmente contra um câncer de mama e também com a osteogênese imperfeita, doença conhecida como ‘ossos de vidro’, Mônica sofreu um novo duro golpe última sexta-feira (4). Ela recebeu uma ligação do hospital dizendo que não tinha medicação para realizar o tratamento da paciente e, pior, não tinha data para o HR voltar a fornecer o medicamento.
“Preciso continuar meu tratamento e não estou conseguindo por falta de medicação. Apenas me ligaram informando para eu não ir no dia programado e ainda ressaltaram que não havia data para voltar ao normal. Não estou realizando a denúncia apenas por mim, mas também por todos os pacientes que estão enfrentando o câncer e necessitam dos medicamentos para sobreviverem. Estão lidando com vidas e o tratamento não pode ser interrompido”, lamentou a arquiteta.
Mônica também destacou que se o paciente não realiza o tratamento de forma correta, cada dia que se passa se torna um risco maior, já que o câncer é uma doença severa e que age de forma rápida.
“Não acreditei que um hospital como o Rosa Aparecida Pedrossian, que atende tantos pacientes, não tinha a medicação. Isso não pode acontecer”, ressaltou.
A SOLUÇÃO?
Inconformada com a negligência, a arquiteta chegou a entrar em contato direto com o Secretário de Saúde do Estado, Geraldo Resende, que, segundo ela, foi bem atencioso e adiantou não saber que o hospital estava em a medicação necessária, já que ele assumiu a secretaria recentemente.
“Ele conversou comigo e alegou não saber o que estava acontecendo, mas disse que amanhã pretende realizar um levantamento para resolver o problema. Esperamos mesmo que tudo seja resolvido e que todos os pacientes consigam realizar seus tratamentos”.
A equipe de reportagem do TopMídiaNews também entrou em contato com o Secretário de Saúde e foi informada que o diretor do hospital já foi avisado sobre a falta de medicação. Resende também adiantou que nesta segunda-feira (7) haverá uma reunião para que o problema seja resolvido o mais rápido possível.