Registro em vídeo divulgado nas redes sociais mostra uma gestante, logo após perder o bebê, gritando de dores sozinha no CRS (Centro Regional de Saúde) do Nova Bahia, em Campo Grande. O caso aconteceu na noite de ontem (6), véspera de feriado.
Indignada com a situação, outra paciente relata suposto descaso dos médicos, que teriam deixado a grávida abandonada na maca ao lado do feto, que aparece enrolado em um tecido, possivelmente uma camiseta.
A reportagem apurou que a jovem, que não teve a identidade revelada, seria usuária de drogas e, possivelmente, moradora de rua. Em situação de vulnerabilidade social, ela teria sido atendida pela primeira vez na quarta-feira (5), quando o feto já não apresentava sinais vitais.
Segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), no exame físico feito pelo médico no primeiro atendimento, anteontem, a grávida apresentou sinais de “colo do útero apagado”, quando há dilatação aumentada do útero para o parto. No entanto, o bebê estava sem batimentos, ou seja, já estava morto.
Segundo a secretaria, “por volta das 18h, ela foi encaminhada para o Hospital Regional onde passou por exames. Em casos onde há comprovação de ausência de vida, alguns profissionais defendem que o feto seja liberado de forma espontânea, sem a necessidade de intervenção cirurgia. Porém, até o momento, a Sesau não teve acesso ao prontuário de atendimento do hospital que já foi solicitado”.
Nesta quinta-feira, explica a Sesau, a paciente retornou ao CRS supostamente já com o feto em mãos, enrolado em uma toalha, e foi acolhida pela equipe de plantão da unidade. “Ela foi encaminhada à enfermaria e foi orientada a aguardar o médico, momento em que a pessoa entrou na sala e produziu as imagens”, enfatiza a assessoria.
Em nota, a Sesau lamentou o ocorrido, “principalmente pela exposição irresponsável da paciente”, e reforçou que “toda a assistência necessária foi prestada na unidade”, sendo que as imagens foram produzidas no intervalo entre a chegada da grávida no posto de saúde e o pedido para um médico avaliar a situação.
Também enfatizou que o vilipêndio a cadáver, “do qual contempla o ato de filmar e expor pessoas mortas, é uma figura de crime previsto no Código Penal Brasileiro e prevê pena de detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa”.
AVISO: Abaixo o vídeo foi borrado para preservar as vítimas.