Estudos comprovam que a vacina CoronaVac chega a 50% de eficácia nos casos sintomáticos de covid-19, causados pela variante identificada em Manaus, no Amazonas, após 14 dias da aplicação da primeira dose.
Conforme o site R7, esse foi o resultado preliminar de um estudo realizado pelo grupo Vebra Covid-19, com 67.718 profissionais de saúde imunizados na capital amazonense, onde a mutação brasileira é predominante.
O levantamento é encabeçado pelo médico infectologista Julio Croda, pesquisador da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e professor da UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul).
Oresultado permite a possibilidade de se utilizar os estoques de segunda dose do imunizante feito pelo Butantan, em parceria com a chinesa Sinovac, para vacinar imediatamente quem tem mais de 60 anos de idade, projeta o epidemiologista Wanderson de Oliveira, atual secretário de Serviços Integrados de Saúde do STF (Supremo Tribunal Federal) e que fez parte da equipe do ex-ministro da Saúde Henrique Mandetta.
Oliveira diz que seria possível entrar no inverno com risco menor de nova colapso nos hospitais. Devido à escassez de doses da CoronaVac, o epidemiologista defende ainda que os prefeitos poderiam usar todo o estoque agora e manter 10% para a segunda dose. Em seguida, recomenda aplicar a vacina contra influenza apos 14 dias da primeira dose da CoronaVac.
Esse é a primeira pesquisa que analisa a efetividade da CoronaVac num local em que a variante P.1, como é chamado o vírus que surgiu no Brasil, é predominante.
A partir da próxima semana, os pesquisadores terão resultados da resposta à aplicação da segunda dose da vacina produzida pelo Instituto Butantan. A expectativa é que o resultado seja ainda mais positivo.