Cansados de conviver a com sujeira, servidores encaminharam denúncia ao TopMídiaNews relatando abandono por parte da empresa Prime Clean Comércio, Locação e Serviços Terceirizados Eireli, contratada por R$ 8.398.500,00 para executar o serviço de limpeza e manutenção do Hospital Regional Rosa Maria Aparecida Pedrossian, em Campo Grande.
Segundo a denúncia, a empresa vem supostamente operando com número reduzido de funcionários e há três meses o serviço tem apresentado deficiência. Um dos problemas é o serviço de roçada, realizado na parte externa do Hospital.
Servidores relatam que o mato em volta do hospital está alto e que o pátio do Regional se transformou em um verdadeiro 'lixão', com direito a vários restos de materiais de obras e embalagens de alimentos que estão amontoadas no local. Com as chuvas, há registro de acúmulo de água com risco de proliferação do mosquito transmissor da dengue.
Na denúncia, há relatos de que a empresa anterior à Prime Clean operava com oito funcionários na parte externa do hospital e, com a vencedora da licitação, o número de profissionais caiu para cinco, às vezes seis. Com baixo número e sem equipamentos necessários para fazer a limpeza, os profissionais não estariam dando conta do serviço, tendo que retirar o lixo com ajuda de carriolas, ao contrário da outra, que contava com o apoio de uma máquina.
Limpeza interna
A reportagem ainda apurou que a limpeza interna do hospital é feita pela mesma empresa. Lá, os servidores denunciam que a empresa também trabalha com o mesmo 'modus operandi', com número de funcionários reduzido.
Há relatos que, na enfermaria e no pronto-socorro (PAM) - este porta de entrada do hospital -, a sujeira se acumula por horas, até que um funcionário da empresa possa fazer a limpeza. "Isto é perigoso porque deveria ser feito na hora", diz um denunciante.
Diário Oficial
Conforme consta no Diário Oficial do Governo do Estado, a Prime Clean Comércio, Locação e Serviços Terceirizados Eireli oficializou contrato em 30 de novembro de 2018.
Na mesma data, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) deflagrou a Operação Reagente no hospital por irregularidades em contratos licitatórios.
A reportagem entrou em contato com a assessoria da Secretaria Estadual de Saúde, mas até o fechamento desta matéria não obteve retorno.