Manuella Vitória Carvalho dos Santos, de 4 anos, tem microcefalia, paralisia cerebral, epilepsia de difícil controle, encefalopatia não evolutiva crônica e precisa de atendimento domiciliar em Campo Grande. No entanto, há pelo menos um mês, ela não recebe as visitas da fonoaudióloga, fisioterapeuta, nutricionista e técnica de enfermagem.
Moradora do bairro Tarsila do Amaral, a dona de casa Lucileia dos Santos Carvalho, de 40 anos, explica que obteve na Justiça o direito da filha receber atendimento domiciliar, mas a empresa alega que não vai enviar os profissionais de saúde por falta de pagamento por parte da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).
Em entrevista, a mãe detalha que a filha é traqueostomizada, usa um aparelho para ajudar na respiração e se alimenta por sonda. A casa foi adaptada para oferecer um leito confortável, e as médicas se revezavam durante a semana nos atendimentos à pequena.
"Minha filha precisa da fisioterapia, das visitas da médica dela, da nutricionista, da fonoaudióloga. Até a técnica de enfermagem não está mais vindo", desabafa a dona de casa.
Ciente das condições da filha e da necessidade dos atendimentos, Lucileia procurou a Sesau, mas foi orientada a consultar a Defensoria Pública.
"Na Defensoria, dizem que preciso apresentar uma documentação, a empresa de home care afirma que é com a Sesau, e a Sesau não me dá retorno. Fica nesse ciclo. Preciso de uma resposta", cobra.
A reportagem entrou em contato com a Sesau sobre o caso e aguarda retorno.