A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Táxi, instaurada na Câmara Municipal para apurar irregularidades na concessão de alvarás de táxi e mototáxi em Campo Grande, realizou nesta sexta-feira (15) suas últimas oitivas. Após 17 depoimentos colhidos pelos parlamentares, o relatório final dos trabalhos deve ser votado até a próxima semana, conforme previsão do presidente da CPI, vereador Vinicius Siqueira.
“Não tínhamos outra forma de levantar o grau de parentesco desses permissionários, e este é justamente um dos objetos dessa CPI. Vamos apresentar um relatório bastante propositivo, com foco em arrumar o serviço de táxi em Campo Grande. Há uma má administração dentro da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito). Queremos que essas falhas sejam corrigidas para fazer o táxi forte novamente. O momento é de se juntar e buscar soluções para enfrentar essa nova era”, afirmou.
Foram ouvidos 17 permissionários do serviço de táxi em Campo Grande, todos das famílias Sandim e Oshiro. Os taxistas afirmam que possuem, de fato, algum grau de parentesco. No entanto, negam que a concentração de alvarás seja irregular e garantem que as licenças foram adquiridas dentro da lei.
“A essência da CPi é descobrir se há direcionamento, traçar um paralelo com as famílias e saber se há concentração excessiva com algumas famílias. A oitiva é o melhor instrumento da CPI para descobrir isso. O relatório já está em fase final, são mais de 100 páginas. A intenção não é prejudicar ninguém que desenvolve um trabalho digno em Campo Grande”, adiantou o vereador Odilon de Oliveira, relator da CPI.
Para o vereador Júnior Longo, a CPI está pronta para esclarecer assuntos ainda desconhecidos para o campo-grandense. “Essas oitivas foram importantes, pois ainda não havíamos ouvido pessoas físicas. Estamos prontos para entregar o relatório e esclarecer algumas questões, além de apontar soluções”, afirmou.
Por fim, o vereador Veterinário Francisco lembrou que a CPI foi um pedido da própria população. “A população nos pediu isso e alguma coisa deveria ser feita. Nosso objetivo era levantar o que vem acontecendo desde a década de 70, trabalhar para ver o que realmente está acontecendo com o serviço de táxi em Campo Grande. A CPI fez essa apuração”, finalizou.