Internada há 4 dias no CRS (Centro Regional de Saúde) do Nova Bahia, com suspeita de leishimaniose, Luanna Vitória Guimarães Nunes, 8 anos, aguarda vaga no Hospital Universitário para acompanhamento com infectologista, em Campo Grande. A mãe Jeisiane Guimarães da Silva, 31 anos, trouxe a filha para a Capital depois de passar 5 meses tentando tratar a menina na rede pública de Três Lagoas.
Aflita com o abatimento físico e com as marcas no corpo da filha, Jeisiane conta ao TopMídiaNews que Luanna sempre foi ativa, brincalhona e teve muita saúde, mas desde o mês de outubro que a criança ficou apática e doente.
Luanna passou a ter febre e manchas roxas pelo corpo, além de coroços na região do pescoço. Ao buscar atendimento na UBS (Unidade Básica de Saúde) em Três Lagoas, os médicos pediram alguns exames, entre eles o da leishimaniose.
Por não ter acesso ao exame na rede pública, no dia 21 de outubro a mãe pagou e realizou em um laboratório e para o susto da família deu positivo para a doença.
Com o resultado em mãos, a mãe retornou ao posto de saúde da cidade, onde a médica que atendeu a criança pediu exames de ultrassom e tomografia. O resultado das imagens apontou figado e baço inchados.
"Eles me encaminharam para a infectologista de DST da cidade, mas de outubro até dezembro minha filha ficou fazendo exames e mais exames e em um dos exames feitos foi um novo teste de leishimaniose que deu negativo", conta.
Para tirar a prova, a mãe pagou um novo exame em outro laboratório e novamente recebeu o positivo, mas não conseguiu tratamento adequado a filha na cidade.
"A infectologista de Três Lagoas me orientou a buscar ajuda na Capital. Viemos no sábado (15) e desde então minha filha está internada no Nova Bahia aguardando vaga ao hospital", detalha.
Desesperada, Jeisiane implora pela vaga e pede que a filha volta a ser como antes. "Ela sempre foi ativa, agora não reage, não conversa, quero a vida da minha filha de volta", desabafa.
A reportagem entrou em contato com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) a respeito da regulação da menor e aguarda retorno. Em nota, a secretaria informou que a paciente foi aceita pelo Hospital Universitário, onde iniciará o tratamento adequado após diagnóstico, nesta tarde.
* Matéria editada para acréscimo da resposta da Sesau às 8h24 de 20/3