O Hospital Universitário da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), filial da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, suspendeu parte do atendimento nesta quinta-feira (8), por desabastecimento de insumos e gêneros alimentícios. Segundo a assessoria do hospital, a instituição está em crise financeira.
Veja a nota na íntegra:
O Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados, filial da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (HU-UFGD/EBSERH) informa que, a partir da presente data (08/06/2017), por desabastecimento de insumos e gêneros alimentícios, está restringindo as internações da linha adulto.
A decisão foi tomada em virtude da grave crise financeira que o HU-UFGD/EBSERH enfrenta, devido à falta de repasse, desde janeiro de 2017, das parcelas Estadual e Municipal do Contrato do hospital com o SUS, totalizando o montante de R$ 2.295.727,72 (dois milhões, duzentos e noventa e cinco mil, setecentos e vinte e sete reais e setenta e dois centavos).
O HU-UFGD/EBSERH tem tomado diversas medidas para contingenciar os gastos, visando manter a oferta de todos os serviços, mas a situação tornou-se insustentável com o desabastecimento de gêneros alimentícios. Já houve, inclusive, alteração na dieta dos pacientes, além de não mais serem oferecidos carne e derivados nas refeições dos acompanhantes, por haver estoque mínimo no hospital.
Pela necessidade de manter a oferta dos serviços essenciais, como os da linha materno-infantil, para os quais o HU-UFGD é a única referência regional, a gestão do hospital decidiu não mais internar pacientes adultos clínicos que requerem dieta oral e, a partir de segunda-feira, dia 12 de junho de 2017, suspenderá as cirurgias eletivas.
A suspensão das cirurgias eletivas visa priorizar e garantir a manutenção dos serviços do Centro Obstétrico, que inclui a Maternidade, em pleno funcionamento.
Ambas as decisões – da restrição das internações e da suspensão das cirurgias eletivas –, já foram devidamente comunicadas ao Ministério Público Estadual (MPE), ao Ministério Público Federal (MPF) à Secretaria Municipal de Saúde (SEMS) de Dourados e ao Conselho Regional de Medicina (CRM).
A gestão do HU-UFGD esclarece ainda que, tão logo haja o repasse dos valores em atraso, o pagamento aos fornecedores e a consequente retomada do fornecimento dos insumos, retornará à normalidade da oferta dos serviços.