As mortes por câncer de próstata em Campo Grande chegam a 417, de 2013 até o primeiro semestre deste ano. A doença, que atinge os homens, é tão letal quanto a violência no trânsito, que soma 443 óbitos no mesmo período. Conforme a Secretaria Municipal de Saúde, o grupo mais vulnerável é acima dos 65 anos.
Os dados oferecidos pela Sesau, durante o Novembro Azul, mês dedicado à prevenção contra a doença, mostram que em 2013 foram 73 mortes. Em 2014, 80 mortes. 2015 leve redução, com 79 óbitos. Em 2016 alta para 82 mortes. 2017 houve redução para 57 casos fatais até o primeiro semestre deste ano, que soma 46 vidas perdidas.
O público masculino acima dos 65 anos é o mais vulnerável para a doença. Em 2017, das 57 mortes, 53 atingiram vítimas desse grupo. Ou seja, 92% das mortes.
O Novembro Azul, edição 2018, tem foco na prevenção da doença. Ainda conforme as autoridades municipais, o homem acima de 50 anos deve procurar a prevenção nas 68 unidades básicas de saúde da família em Campo Grande, as UBSs.
O primeiro exame a ser feito para investigar a presença da doença é o PSA, nada mais do que uma coleta de sangue enviada para análise. Lá, será possível ver a quantidade de marcadores tumorais.
O segundo teste realizado é o do toque retal. Neste caso, feito por um urologista ou um proctologista. Ele vai tocar a próstata e avaliar se ela está maior ou mais dura do que deveria. O exame de toque retal é rápido, realizado em consultório médico, não interfere na sexualidade e nem causa dor, no entanto pode causar algum desconforto caso a pessoa tenha fissuras anais ou uma infecção retal
Câncer x Trânsito
As estatísticas mostram que a mortalidade no trânsito é praticamente a mesma que a do câncer de próstata. São 443 vítimas fatais no trânsito da Capital em seis anos e 417 vítimas da doença no mesmo período 2013-2018.
A diferença é que os óbitos por câncer não são diariamente divulgados pela imprensa, por isso a importância do Novembro Azul. O cenário é preocupante, mesmo os acidentes fatais atingindo vítimas de todas as idades, ao contrário do câncer de próstata, que mata homens, majoritariamente acima dos 65 anos.