Mônica Cibele da Silva, 40 anos, policial militar, teve um AVC (Acidente Vascular Cerebral) isquêmico há um ano. Ela relata que não sentiu nada, apenas uma dor na perna direita e não conseguiu se mover.
“Eu tive o AVC devido à diabetes tipo I, para me recuperar eu faço fonoaudióloga, fisioterapia, terapia ocupacional. O AVC foi ocasionado devido a uma dieta sem acompanhamento, por conta, e faltou oxigenação no cérebro. Foi uma dieta Low Carb que eu não podia ter feito”, ressalta ela, que no inicio não conseguia falar e nem compreender o que as pessoas falavam pra ela.
Para ela, a melhora do estado de saúde é graças ao acompanhamento médico, e que uma das maiores vitórias hoje é conseguir calçar os chinelos e sapatos sem ajuda.
Combate ao AVC
Em outubro é comemorado o dia mundial de Combate ao AVC, segunda causa de morte e a primeira causa de incapacidade no mundo. Em Campo Grande, diversas ações em alusão à Campanha Nacional de Combate ao AVC aconteceram.
Rebeca Gigante é neurologista, registrado com o CRM 7846/MS, e fala da importância dos cuidados com alimentação e medicação sem prescrição médica. Ela ressalta ainda que fatores como pressão alta, diabetes, sedentarismo, álcool, tabagismo contribuem para o acidente. É preciso ficar atento aos sintomas.
Comportamento de risco
Damiana Martins Cardoso, 39 anos, trabalha com serviços gerais. Ela conta que o risco de ter um AVC a deixou assustada, e que agora vai tentar solucionar o problema.
“Estou com 189% mais chances de ter AVC, tomo remédio para pressão. A orientação agora é procurar fazer exercícios como caminhadas e hidroginástica”, comenta Damiana.
Sintomas
A neurologista ressalta que crianças e mulheres mais jovens podem sofrer com o AVC devido à falta de vitaminas. Existem dois tipos do acidente, o AVC isquêmico que representa 80% dos casos e as sequelas são comuns, e o AVC hemorrágico que representa 20% dos casos, mas o índice de mortalidade é maior.
Ela explica os sintomas: “nós delimitamos um acróstico, SAMU, que o S significa Sorria, nesse o sintoma é a boca torta; Abrace, o braço cai; Música, a voz fica enrolada, e no 'u' é Urgência e colocamos o número 152. E trabalhar sobre os fatores de risco diminuiu 90% dos riscos, deixar a pressão em dia, colesterol, e trabalhar o sedentarismo”, ressalta.
Para Rebeca, existe a necessidade do sistema público e privado de saúde ter uma linha de cuidados de AVC, isso seria desde a sociedade reconhecer os sintomas, até ter o tempo resposta da equipe pré-hospitalar chegar ao paciente até o transporte.