Ao buscar atendimento para a filha de 4 anos, que estava ardendo em febre e com episódios de vômito, a serralheira, Thays Borges Gomes, 30 anos, encontrou a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Universitário lotada e com poucos enfermeiros para atendimento, em Campo Grande.

A mãe que buscou a unidade de saúde na segunda-feira (24), disse ao TopMídiaNews que passou 6h aguardando atendimento à filha e quando procurou o gerente e assistente social da UPA foi informada que a demora se dava pela falta de enfermeiras para atender os pacientes.

Segundo o relato de Thays, a filha estava com febre e vômitos, mas a demora no atendimento da criança mesmo em caso prioritário era grande. Ao questionar a demora, de acordo com ela, foi informada que a UPA tinha apenas três enfermeiras atendendo na enfermaria.

"Liguei na ouvidoria e reportei. Foram 6h de espera, a unidade lotada e sem funcionários", diz.

Após a ligação, Thays conta que conseguiu que a filha fosse atendida e chegando na enfermaria se deparou com outra cena. A sala suja.

"Tinha de fato somente três enfermeiras atendendo, camas vazias que podiam estar acolhendo outros pacientes que estavam passando mal do lado de fora, mas não podiam atender porque seria uma alta demanda para três pessoas", fala.

Thays ainda cita que além de ausência de funcionários, a enfermaria estava bastante suja, sendo filmado, segundo ela, até mesmo pelos funcionários.

"Eles filmaram e disseram que passaria ao superior. Na ouvidoria disseram apenas que não sabiam que o quadro de enfermeiros estava incompleto e que estava errado ter três enfermeiras para atender uma unidade lotada", acrescenta a mãe.

A reportagem entrou em contato com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) e aguarda retorno sobre o caso.