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Saúde

há 3 horas

Após AVC, Luzia enfrenta dificuldades para obter atendimento médico domiciliar

Sem assistência médica, familiares buscam alternativas para garantir o cuidado necessário à paciente

Luzia Moreira da Silva, de 76 anos, sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) em 2024, e está acamada desde então, com dificuldades em acessar cuidados médicos essenciais, como consultas de acompanhamento e tratamentos de fisioterapia e fonoaudiologia, pois o município não oferta esses serviços a domicílio.

Segundo a nora dela, Fernanda de Souza Figueiredo, de 44 anos, Luzia recebeu alta hospitalar em 27 de novembro, mas desde então não tem conseguido o suporte necessário. "Ela ficou desassistida por muitos dias", comentou.

Fernanda também relatou que a idosa apresenta sintomas como agitação, alergias e dificuldades alimentares, o que exige cuidados constantes. Mas embora os filhos da idosa tentem garantir os atendimentos, a logística tem sido um grande obstáculo.

A principal dificuldade é o fato de que, além de não conseguirem transporte adequado, os filhos que sabem dirigir trabalham, o que impede que possam levar Luzia até a UBSF (Unidade Básica de Saúde) Jardim Los Angeles, em Campo Grande, para os atendimentos programados.

A situação se agrava devido ao fato de que a UBSF não oferece atendimento domiciliar. Fernanda afirmou que, até o momento, não foi possível conseguir o retorno ao neurologista, o que dificulta a avaliação do estado de saúde de Luzia, incluindo o risco de complicações como Alzheimer ou demência. "Estamos nos virando como podemos, mas sem uma orientação médica adequada, é muito difícil cuidar dela", lamentou.

A situação também é agravada pelos custos com medicação, que, em alguns casos, chegaram a somar R$ 800,00. 

Em meio às dificuldades, a família busca alternativas para garantir o atendimento de Luzia, incluindo a possibilidade de recorrer à justiça para exigir que o poder público forneça o transporte adequado para as consultas ou as visitas domiciliares. "Vamos fazer o que for necessário para garantir os cuidados dela. Não podemos mais esperar", concluiu Fernanda.

Em resposta, a Sesau afirmou que ao contrário do informado por Fernanda, Luzia tem sim recebido acompanhamento da UBSF por meio de visitas domiciliares. 

A pasta ainda detalhou que em 9 de janeiro deste ano foi realizada uma visita domiciliar, quando a equipe forneceu diversas orientações sobre cuidados gerais de saúde.

Na ocasião, uma das filhas da paciente disse à equipe que não encontra dificuldades para levar a mãe até a unidade de saúde e que está ciente de todas as orientações fornecidas. 

A Sesau também esclareceu que, em 3 de dezembro de 2024, houve uma tentativa de visita domiciliar, mas não foi possível realizar o atendimento. No entanto, no dia 13 de dezembro, a paciente recebeu uma visita realizada pela equipe de saúde bucal.

A pasta ainda reforçou que a realização de visitas domiciliares é parte do processo de trabalho das equipes de Atenção Primária à Saúde (APS), sendo realizadas mensalmente, com ajustes conforme a vulnerabilidade da área e a demanda dos pacientes, especialmente os acamados ou com necessidades urgentes.

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