A informação de que duas das suas principais lideranças estão sendo investigadas na Operação Lava Jato deve prejudicar a reestruturação do Partido dos Trabalhadores em Mato Grosso do Sul.

Os deputados federais Vander Loubet (PT) e Zeca do PT tiveram a abertura de processos autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal, após as delações dos executivos da Construtura Odebrecht revelaren doações de campanha e pagamento de propina para diversos políticos do País.

Zeca e Vander conseguiram retomar o controle do Diretório Estadual do PT, após o processo de eleições diretas, realizado no último domingo, 09 de abril. O grupo coordenado pelo ex-governador conseguiu maioria dos delegados que vão votar, em maio, a nova executiva estadual do partido.

A retomada do Diretório estadual fazia parte dos planos de Zeca para construir o projeto politico do Partido dos Trabalhadores para as eleições de 2018. O parlamentar articula uma terceira via ao Governo do Estado envolvendo o PT, PDT, PSD e PTdoB.

Não será a primeira vez que a Operação Lava Jato prejudica os planos eleitorais do PT. Em 2014, com previsão de eleições ganhas em 1º turno, o PT perdeu a eleição principalmente com as aparições do ex-senador Delcídio do Amaral (Sem Partido)  nos supostos esquemas de superfaturamento na Petrobras investigados pela Justiça.

Ano passado houve uma debandada de nomes importantes do partido para outras siglas como o ex-prefeito Paulo Duarte (PDT), o prefeito de Corumbá, Ruiter Cunha (PSDB), e Ricardo Ayache (PSB). Antes com oito prefeituras, nas eleições municipais de 2016, o PT não elegeu nenhum prefeito entre os 79 municípios.

A abertura de investigações contra Zeca e Vander pode criar uma nova onda de desfiliações de filiados com potenciais candidaturas para as eleições de 2018. O processo de eleições diretas teve a participação de seis mil filiados de todo o Estado.