Soraya Thronicke, do PSL de Mato Grosso do Sul, recorreu às redes sociais para dizer que vai combater um destaque da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) para 2020, a que prevê um reajuste na distribuição de dinheiro público por meio do conhecido fundo especial de financiamente de campanha.
O fundo foi criado para contrapesar o fim do financiamento empresarial. Agora, quem banca as campanhas é o dinheiro do contribuinte, aquele que paga os impostos.
Há uma perspectiva financeira, segundo discussões entre os senadores que cuidam da LDO no Senado, proposta se ser votada em agosto, que os partidos políticos interessados na disputa das eleições municipais no ano que vem devam receber em torno de R$ 3,7 bilhões.
Confirmado o reajuste, o fundo receberia R$ 2 bilhões a mais, já que em 2018, R$ 1,7 bilhão do orçamento da União foi para financiar campanha do ano passado.
Para a senadora, o valor destinado às campanhas, é um absurdo e que a importância poderia ser aplicada em setores como saúde e segurança.
O dito pela parlamentar, no entanto, contraria o discurso do comando do PSL, que está de olho no fundo, no ano que vem.
Recente reportagem publicada no site noticioso buzzfeed, diz que hoje o PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, é integrado por ao menos 271 mil filiados. E a legenda trabalha a ideia de quadruplicar de tamanho até as eleições municipais.
A proposta do partido da senadora Soraya é a de lançar candidaturas próprias a prefeito em 317 cidades do país que tem população superior a 100 mil habitantes. Em MS, estado de 79 municípios, quatro cidades (Campo Grande, Dourados, Três Lagoas e Corumbá) teriam candidatos do PSL, se levado adiante o projeto da legenda.
Cálculos ainda presumidos indicam que o PSL deve receber ano que vem perto de meio bilhão de reais, dinheiro que pretende aplicar nas eleições de 2020. Nas últimas eleições, ano passado, o PSL usou candidaturas laranjas com o fundo eleitoral. Hoje, o caso é investigado.
Veja o vídeo com a senadora: