Em vídeo que circula nas redes sociais, nesta quinta-feira (21), Carlos Marun (MDB), ex-ministro no governo Temer, sugere que o juiz federal, Marcelo Bretas, seja investigado por prender o ex-presidente da República. Marun voltou a atacar o encarceramento de Temer e disse que a medida é um ''exibicionismo judiciário'.
Na gravação, o ex-deputado federal por Mato Grosso do Sul e também aliado de André Puccinelli (MDB) diz que a prisão é ''indevida, equivocada e inconsequente'' e detalha o artigo 312 do Código Penal para mostrar que a prisão preventiva de Temer não se sustenta juridicamente.
''Há de se falar que o presidente Temer era um perigo para a ordem pública, ou para a ordem econômica? Ao contrário, a decisão sim é um atentado à estabilidade econômica do país...'', questionou Marun.
Carlos Marun observou também que nada indica risco de fuga do ex-presidente e que ele sequer foi intimado ou se recusou a depor na investigação sobre favorecimento a empresas que atuam no ramo portuário.
Sobre a decisão do juiz da Lava-Jato no Rio de Janeiro, Marcelo Bretas, Marun disparou.
''Eu me sinto no direito de ter dúvidas em relação ao reais motivos que levaram o magistrado a tomar essa atitude. Penso até que isso, o motivo da tomada de decisão deveria ser alvo de investigação'', concluiu o emedebista.
Prisão
Por determinação do juiz federal Marcelo Bretas, que conduz a operação Lava-Jato no Rio de Janeiro, o ex-presidente Michel Temer, o ex-ministro e ex-governador do RJ, Moreira Franco e outros investigados tiveram prisão preventiva decretada nesta quinta-feira (21).
Essa fase da Lava-Jato investiga recebimento de propina por parte de Temer de empresas que atuam na construção da Usina de Angra 3.