A votação do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, a ser abastecido com dinheiro público, foi de muita confusão no Congresso Nacional. Parte dos parlamentares queriam que a votação fosse simbólica, sem a identificação do posicionamento de cada deputado, o que gerou muitos empurrões e gritaria em plenário.
Segundo o Congresso em Foco, Júlio Delgado (PSB-MG) se exaltou muito e gritava com deputados do PMDB, defensores do fundo bilionário, principalmente com Hildo Rocha (PMDB-MA). Mas foi com Carlos Marun (PMDB), o ‘tratorzão’ sul-mato-grossense e líder da tropa de choque do presidente Michel Temer, que a situação quase saiu de controle.
Marun tentou acalmar Delgado, que continuou a gritar e avançar de dedo em riste e punhos cerrados em direção aos adversários. Foi aí, conforme o Congresso em Foco, que os dois se desentenderam e trocaram gritos, empurrões e ofensas. “Seu merda! Seu merda!”, vociferou o representante da bancada de MS, enquanto colegas tentavam afastá-lo de Delgado.
O presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tentou em vão controlar os ânimos. Depois de alguns minutos, lideranças passaram a defender a revisão do procedimento de votação, usando gestos e cartazes para comunicar a mudança de entendimento. Sem alternativa, Maia reiniciou a sessão para votação nominal.
O resultado da nova votação foi 223 votos a 209, com a rejeição do destaque que anulava a criação do fundo de financiamento eleitoral com dinheiro público. Agora o projeto vai à sanção do presidente Michel Temer, que pode vetar ou referendar a criação de um fundo público eleitoral de R$ 1,7 bilhão.
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