Os vereadores Valdir Gomes (PP) e Hederson Fritz (PSD) entraram em conflito durante discussão sobre o sucateamento do IMPCG (Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande,) na sessão legislativa desta terça-feira (11), na Câmara Municipal.
Valdir denunciou o fim do convênio com médicos especialistas em otorrinolaringologia e com dentistas, reclamou do fechamento da farmácia que funcionava na sede do instituto, e até prometeu acampar na sede do instituto se continuar sem resposta da prefeitura, quando foi interpelado por Fritz, que saiu em defesa do prefeito Marquinhos Trad (PSD).
Segundo o vereador do PSD, a farmácia foi fechada, pois era provida com recursos privados, mas funcionava como uma instituição pública e estava irregular perante o Ministério da Saúde. “Vereador, o senhor pode espernear, o senhor pode gritar, mas quando assume uma posição aqui tem que ser juridicamente”, disparou Fritz.
Valdir rebateu questionando se a farmácia estava irregular há 30 anos, período em que operou. Também destacou que está lutando não apenas pela reabertura de uma farmácia e sim pela retomada de todos os convênios cancelados pela atual administração, inclusive com farmácias privadas que ofereciam descontos para servidores do município.
Na sequência, o vereador do PP ainda garantiu que, na próxima sessão, se nenhuma resposta for dada, vai entrar com uma notificação solicitando a realização de uma audiência pública. Ele relata que pediu esclarecimentos pela CPI do IMPCG e pela Comissão de Saúde, mas não obteve apoio nem mesmo dos colegas. “Estão me enrolando”, declarou.
Valdir ainda denunciou que uma consulta no instituo está custando, em média, R$ 250, “descontado na folha dos servidores a contribuição”. “É uma falta de respeito com o servidor público. Se está falindo, feche e faça convênio em outro lugar. Fico abismado quando vejo servidor público defendendo patrão”, alfinetou.
Por fim, Fritz alegou que “vereador não poderia ficar brigando por um grupo pequeno de servidores”, o que foi prontamente rebatido por Valdir, que informou a existência de 22 mil funcionários públicos conveniados à instituição. “O prefeito disse que IMPCG não tem dinheiro, então tem que apontar quem roubou. O prédio está parecendo uma funerária”, finalizou.