Os três vereadores do Podemos de Campo Grande estão divididos sobre a filiação do ex-ministro Sérgio Moro, na sigla. O ex-juiz chega como uma duvidosa terceira opção já que não confirmou ser candidato pela terceira via para a presidência. Em Mato Grosso do Sul, o partido tem grupos que até então, indicavam apoiar o ex-presidente Lula nas eleições de 2022 e grupos de apoio ao presidente Bolsonaro.
Para o vereador Ronilço Guerreiro, a filiação de Moro ainda não tira a neblina no cenário polarizado entre Lula e Bolsonaro. Ele quer que haja a construção de um nome para a terceira via. Porém, isso não quer dize que seja exatamente o ex-ministro.
“Precisamos sair da polarização e dos extremismos políticos. Eu acredito que a boa política se construa com diálogo, respeito e com democracia. A gente ainda não sabe se o Moro vai disputa a presidência da República, ou outro cargo. Tudo ainda é muito vago. Eu acredito que é necessário a construção de um nome forte para disputar a terceira via, e pode até ser outro nome. O Podemos pode chegar as eleições como apoiador da terceira via. É muito cedo ainda, mas essa é minha posição.”
Já o vereador Clodoílson Pires pensa que a filiação de Moro pode ser positiva e dar força ao partido em um cenário nacional. Ele afirma que no cenário regional praticamente nada muda.
“Para MS acho que não muda muita coisa não. Existe espaço para todos os lados dentro do Podemos. Existe uma parte que é bolsonarista e outros que apoiam o PT. Como a gente até então, não tinha um candidato para a majoritária meio que cada um tem a sua percepção. Ainda é muito cedo para tomar posição, mas seguirei orientação partidária.”
Zé da Farmácia também tem incertezas sobre o benefício da entrada do ex-juiz ao Podemos. A favor da terceira via, o vereador diz que, “se Moro realmente concorrer ao cargo de presidente, pode ser uma opção ao eleitor que está cansado de Lula e Bolsonaro”.
Porém, como o partido ainda possui os grupos com ideologia de esquerda e direita, o vereador diz que pode haver divisão na sigla.
“Vamos ter de nos acostumar com isso, se de fato, ele [Moro] vir a concorrer a presidente, devemos seguir o partido.”