Vereador Ronilço Guerreiro (Podemos) defendeu a criação de uma instituição semelhante ao conselho tutelar, mas voltada à Pessoa Idosa, em Campo Grande. O objetivo é observar os direitos e proteger esse público mais vulnerável a golpes e abusos.
A reflexão de Ronilço traz que existem duas pontas muito vulneráveis: crianças e os idosos.
''Precisamos proteger nossos idosos de golpes, abandono... cartão de aposentadoria que é pego e se faz empréstimos...'', comentou.
Questionado sobre algum caso específico que lhe motivou a cobrar a criação do órgão, Guerreiro citou uma senhora de 82 anos, em Campo Grande. Ela tinha pneumonia e foi internada na Santa Casa.
''Ela teve alta depois de oito dias... tentaram entrar em contato com o filho, mas o filho tomou 'Doril', sumiu. Até o número do celular ele mudou'', lamentou o vereador, que observou que a idosa teve de ser abrigada no Asilo São João Bosco.
Avanço
Guerreiro reforçou o pedido e justificou que a criação do conselho representa um avanço para garantir e promover ações que visem o bem-estar e a qualidade de vida dessa parcela da população.
O vereador destacou que a reflexão vem em um momento em que o envelhecimento populacional exige maior atenção e planejamento.
Senado
Conforme a divulgação de Ronilço, a ideia foi originalmente apresentada pela senadora Zenaide Maia (PSD-RN) e busca fortalecer políticas públicas voltadas para a população idosa no Brasil. Guerreiro destacou que recentemente esteve em Brasília para discutir o tema diretamente com a senadora, quando apresentou a necessidade de implementação do Conselho e o impacto positivo que ele pode trazer.
O texto do PL 5.987/2023 traz que todos os municípios do Brasil terão ao menos um conselho da pessoa idosa como órgão da administração pública local. A ideia é reforçar o Estatuto da Pessoa Idosa e zelar pelo cumprimento dos direitos dessa parcela da população.
Centro
Outra proposta do parlamentar seria a criação de um Centro Dia voltava ao público idoso. Na visão dele, seria uma espécie de ''creche'' para esse público, onde os filhos – que são responsáveis e que cuidam dos pais – os deixam nessa entidade e vão trabalhar.
O vereador detalha que, nesse local, o idoso teria acesso a cuidados, socialização para evitar depressão, jogos, atendimento médico e psicológico.
''E no final do dia o filho pode tirar os pais com todo carinho'', projetou Ronilço.