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Política

01/03/2017 07:00

Uber: vereadores criticam decreto que regulamenta serviço, mas apoiam iniciativa de Trad

Prefeito recuou em alguns pontos, mas ainda não agrada motoristas de aplicativos; parlamentares prometem discutir com a sociedade

O decreto 13.099/17, que regulamenta o serviço da Uber e outros aplicativos em Campo Grande, foi bastante criticado pelos usuários do serviço e também repercutiu entre os vereadores. Os parlamentares entenderam que houve pressa do prefeito Marquinhos Trad (PSD) em regulamentar algo sem ampla discussão, mas também viram nobreza do gestor em admitir o erro e flexibilizar algumas medidas.

O líder do prefeito na Câmara, vereador Chiquinho Telles (PSD), disse que o decreto foi um pouco 'precipitado', mas foi necessário e acabou levantando uma discussão que era inadiável. ''O que não pode é achar que a cidade não tem prefeito, não tem autoridade. O serviço é bem-vindo, mas tem que ser regulamentado por conta da segurança e conforto do motorista e do passageiro'', explicou Telles.

Vereador diz que Uber não pode ser igualado a táxi

(Vereador elogiou prefeito por ter flexibilizado decreto - Foto: André de Abreu )

Menos de 48 horas depois de publicar o decreto em edição extra do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande), o prefeito recuou em alguns pontos, e ao contrário da publicação, não vai deixar os motoristas de aplicativos com o status de clandestinos e deu 180 dias para a regulamentação. ''Demonstrou que é flexível'', elogiou Telles, que disse que se o prefeito demorasse muito, os motoristas de táxi e Uber poderiam entrar em confronto. Sobre o fato de dar o prazo para os motoristas se regularizarem, o vereador democrata, Vinícius Siqueira também elogiou a atitude do prefeito em flexibilizar as normas.

O vereador Chiquinho Telles aponta que a questão deva ser discutida em audiências públicas, que provavelmente a Câmara vai realizar. ''No grupo de WhatsApp dos vereadores já há indicação para uma reunião na quinta-feira (2) para discutir a criação de audiências públicas que vão reunir todos os motoristas, taxistas e mototaxistas para definir aquilo que é melhor para a sociedade. Temos um transporte coletivo caótico e caro e qualquer concorrência que abra é positiva, mas temos que  regulamentar e ser justos com todos'', complementou Telles.

Neste ponto, Vinícius Siqueira discorda do colega de vereança e acha que o poder público quer transformar o Uber em táxi, e não é isso que tem de ser feito. ''A ideia do aplicativo é para melhorar a mobilidade urbana, várias pessoas usarem o mesmo carro e reduzir o trânsito'', comentou.

O democrata criticou ainda o fato do decreto trazer as mesmas responsabilidades para táxis e Ubers. ''Os dois são totalmente diferentes''. Ele acrescenta que é injusto dar o mesmo número de alvarás para os dois já que o Uber trabalha, em média 6 horas por dia, ao contrário do táxi que roda 24 horas por dia. ''Quem é Uber não pode ser obrigado a ficar o dia inteiro rodando, então o serviço precisaria de quatro vezes mais alvarás do que os táxis'', explicou o democrata.

Ainda segundo Vinícius, Campo Grande tem um táxi para cada 1.200 pessoas, ou seja, existe um campo extenso para explorar tanto os serviços de táxi quanto o dos aplicativos. Assim como Telles, Siqueira diz que haverá audiência pública para discutir a questão, e que apesar do decreto ser uma prerrogativa do prefeito, os vereadores querem levar essa discussão para a Câmara.

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