O deputado federal Carlos Marun (PMDB) será indicado pela bancada do PMDB, na Câmara dos Deputados, para compor a Comissão de Constituição e Justiça que irá analisar a denúncia de corrupção contra o presidente da República Michel Temer, também peemedebista.
“O PMDB vai me indicar para podermos atacar o absurdo que a apresentação de uma denúncia contra o presidente, produzindo uma crise e prejudicando o Brasil, sem a existência de provas”, disse.
O parlamentar fez parte do grupo de oito deputados, conhecido como G8, responsável por articular a aprovação e viabilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff, do PT. Marun também fez parte da tropa de choque do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha. Atualmente, tem sido um dos principais defensores de Temer.
Marun lembrou que atualmente não faz parte da composição a CCJ, mas o PMDB irá realizar a troca de integrantes para garantir a defesa de Michel Temer e a aprovação do relatório pelo arquivamento da denúncia. “O PMDB está discutindo sobre isso. Eu não sou membro da CCJ, mas provavelmente serei indicado para fazer parte”, disse.
O parlamentar lembrou que a Mesa Diretora aguarda a denúncia da Procuradoria Geral da República dar entrada e começar a tramitar para definir o rito. “Eu defendo que a tramitação seja rápida. Ao contrário da oposição que quer ficar batendo tambor. Temos quer ter responsabilidade com o País. Esse fatiamento das denúncias atrapalham ainda mais”, disse.
Marun avaliou que o discurso de Michel Temer nesta terça-feira em rede nacional foi a reação de um homem ofendido através de uma denúncia, onde nem uma prova existe do envolvimento direto do presidente das questões que o acusam. “A denúncia já começa a se desmoralizar”, disse.