O Órgão Especial do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) adiou o julgamento do mandado de segurança que questionava a sentença que mandou aplicar pena de oito anos e quatro meses contra o ex-prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte.
Condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, Olarte corre o risco de ir para a cadeia caso a condenação seja mantida pelo TJ-MS. Por lei, hoje a condenação deve ser imposta quando a decisão for de segundo grau.
A Corte deu poucas explicações que justifiquem o adiamento do julgamento, marcado para a tarde desta quarta-feira (1). Informou, apenas, que o impetrante [Gilmar, no caso] solicitou a suspensão da audiência e o relator do caso, o desembargador Claudionor Miguel Abss Duarte, concordou. Não foi marcada uma nova data.
Caso
Denúncia do Ministério Público Estadual acusa Gilmar Olarte de catar folhas de cheque de membros da igreja Assembleia de Deus, que se chamava Nova Aliança, fundada pelo ex-prefeito.
Os cheques eram emprestados e entregues a Olarte em branco, que os preenchiam e os trocavam com agiotas.
Cálculos do MPE indicam que o ex-prefeito arrecadou ao menos R$ 800 mil com o esquema, dinheiro que seria para pagar dívida de campanha eleitoral ainda de 2012, ano que Olarte concorreu ao cargo de vice-prefeito ao lado de Alcides Bernal, que virou prefeito de Campo Grande naquele ano. A trama arruinou as finanças dos fieis e de agiotas. Aos colegas de igreja, Olarte prometia cargos na prefeitura.