Duas testemunhas serão ouvidas através de videoconferência nas investigações de estupro de vulnerável contra o vereador Eduardo Romero (Rede). A intimação foi feita pelo juiz de direito Marcelo Ivo de Oliveira.
As testemunhas são de Fátima do Sul e Paranaíba. O depoimento deve acontecer no dia 5 de fevereiro e deve ser feito na sala de videoconferência dos locais destinados.
O crime teria ocorrido em 12 de novembro de 2017 e tem sido mantido em segredo de Justiça desde então.
Em depoimento, a mãe da vítima contou que estranhou o comportamento do filho, que não queria mais ir à escola, reclamava muito de dores de cabeça e estava bastante arredio. Ao insistir, o rapaz resolveu contar o ocorrido para a família.
Consta no boletim de ocorrência que o autor, Eduardo Romero, “chegou à casa e viu que a vítima estava sozinha, sendo que o mesmo chamou a vítima em um quarto e falou o seguinte: ‘posso pegar no seu p...?’".
A vítima, de acordo com a mãe, respondeu não. Mesmo assim, Romero teria insistido, fazendo sexo oral na vítima e obrigando o adolescente a retribuir. Ainda conforme a mãe, o vereador ainda convidou o rapaz para retornar à casa depois.
Conforme o registro policial, Romero inicialmente negou o fato, mas “após quinze minutos Eduardo mandou uma mensagem chamando a comunicante e seu marido para conversarem”. No local, segundo o BO, o vereador “confessou o ocorrido e disse que fez o que fez porque estava sob efeito de drogas”.
A mãe disse à polícia que o suspeito pediu desculpas, chorou muito, mas ela e o marido resolveram registrar a ocorrência por causa do estado emocional do filho.
Nota do vereador
Em nota divulgada através das redes sociais, o vereador Eduardo Romero (Rede) declara que a acusação de estupro é “totalmente falsa e indevida”. “Estar na política te transforma em inimigo de muita gente, e não medem esforços para prejudicar e tirar de cena”, diz.
Ele destacou que “a justiça está fazendo seu trabalho e em breve teremos as respostas”. Completa ainda que confia na Justiça e em Deus. “E tenho a consciência tranquila”.
Romero questionou também o vazamento das informações, divulgadas com exclusividade pelo TopMídiaNews. “Mas deixo o questionamento: como um processo sigiloso torna-se público gerando prejuízos incalculáveis, antes mesmo da decisão da própria Justiça? Absurdo”.