O nome do presidente do PL em Campo Grande, Aparecido Portela, conhecido como ''Tenente Portela'', apareceu no relatório da Polícia Federal, que apura tentativa de golpe de estado e plano para matar autoridades no País.
Portela, que é amigo pessoal do ex-presidente, aparece em troca de mensagens com o tenente-coronel Mauro Cid, este último que seria articulador do golpe contra a democracia. Portela, que serviu com Bolsonaro em Nioaque, na década de 70, teria cobrado de Cid sobre quando seria o levante contra a democracia.
''Aparecido Andrade faz cobrança sobre quando o golpe, nomeado de ''churrasco'', ocorrerá. ''O pessoal que colaborou com a carne está me cobrando se vai ser feito mesmo o churrasco. Pois estão colocando em dúvida a minha solicitação'', escreveu Portela segundo apurado pelo Metrópoles.
Mauro Cid, que fez acordo de delação premiada, responde ao Tenente Portela:
''Vai sim. Ponto de honra. Nada está acabado ainda da nossa parte''. Cid completou a resposta dizendo que ''se quiser, eu falo com eles…para tirar da sua conta''. Ao que o presidente do PL da Capital Morena responde novamente: ''se eles vierem aqui em casa, eu ligo, por viva voz para o senhor. Vamos vencer de alguma forma'', disse Portela na troca de mensagem.
Para a investigação, a conversa entre os dois aliados de Jair Bolsonaro prova que Mauro Cid alimentaria a esperança que ainda era possível um golpe de estado.
Reportagem procurou o Tenente Portela, mas não houve resposta.
Conversa de Portela com Mauro Cid (Foto: reprodução PF)