Mesmo com a pandemia do novo coronavírus o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) está mantendo as datas de pré-campanha, campanha e eleições municipais. Em Campo Grande, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) tenta reeleição e tem mais onze concorrentes na disputa pela cadeira do Executivo.
O mais recente e anunciado ontem pelo deputado Loester Trutis (PSL), é o vereador Vinicius Siqueira, que entrou no partido no período de janela eleitoral, e agora quer sair do Legislativo. “Agradeço a indicação da pré-candidatura e fico extremamente feliz pelo reconhecimento do nosso trabalho”, disse o vereador nas redes sociais.
Siqueira sempre fez oposição a gestão Trad, tentou emplacar a CPI dos ônibus sem sucesso e agora tenta colher assinaturas de parlamentares para CPI das águas. Tudo indica que também não terá êxito na empreitada, porque vereadores alegam falta de um fato determinado.
Outro pré-candidato e crítico a gestão do atual prefeito é o ex-secretário de Obras Marcelo Miglioli, que em 2019 saiu do PSDB migrando para o Solidariedade, já em ritmo de pré-campanha.
O partido Progressistas aposta na pré-candidatura do ex-diretor da Santa Casa, Esacheu Nascimento. Ele vem trabalhando com lives diárias e uso de meios digitais comentando sobre Campo Grande.
O PT emplacou o deputado estadual Pedro Kemp como pré-candidato, mas em conversa com o parlamentar, ele disse que devido à pandemia, a pré-campanha está suspensa. “Nós entendemos que não é o momento e estamos preocupados com a população, que está sofrendo as conseqüências da pandemia. Estamos promovendo lives e debates em torno deste assunto no momento”.
Pelo MDB, partido de André Puccinelli, o deputado estadual Márcio Fernandes tenta a cadeira do Executivo. É a primeira vez que ele disputa o cargo em Campo Grande.
Aliança
O PSDB partido do governador Reinaldo Azambuja vem trabalhando com a ideia de lançar o vereador João Rocha a pré-candidato a vice-prefeito em coligação com o PSD de Marquinhos. A Aliança era esperada obviamente com uma contrapartida em 2022.
Partidos pequenos
Dos partidos pequenos, o advogado Marcelo Bluma do PV tenta mais uma vez a majoritária.
Do Republicanos, Wilson Acosta também tenta a cadeira, assim como o Mário Fonseca do PC do B. “Vamos para a prefeitura e para a Câmara Municipal, decididos a transformar a cidade, revitalizando de verdade o centro e as áreas próximas, mas, acima de tudo, vitalizando os bairros desde sempre carentes de serviços públicos de qualidade e de infraestrutura”, afirmou Fonseca.
Jovem e cheio de ideias está o empresário Guto Scarpanti, que passou por logo processo seletivo no partido Novo até ser escolhido como pré-candidato. “Acredito que o perfil do eleitor mudou. Antes as pessoas não se interessavam por política e mal sabiam para que servia um ministro, por exemplo. Agora, todos tem acesso e a internet mudou muito o cenário. Existe mais cobrança e as pessoas já começam a cobrar mais porque tem estão se conscientizando sobre as funções e a importância de cada cargo político”, diz Guto.
Pelo Podemos, o empresário Sérgio Murilo também entra na empreitada. Ele ganhou eleições para presidência do Rádio Clube, e emplaca a pré-candidatura falando sobre gestão. “Como eu sou empresário, muito do meu trabalho é mostrado com resultados e com números”, disse.
Pelo Avante, está o procurador de Justiça, Sérgio Harfouche. “Sou pré-candidato e estou em um partido que vai dar autonomia para que possamos desenvolver planos de governo, em cima da nossa ideologia de direita e de apoio ao presidente Jair Bolsonaro”
Sem candidatos na majoritária
O PDT comandado pelo deputado federal Dagoberto Nogueira não terá candidato, assim como o PTB de Delcídio do Amaral, PSB de Ricardo Ayache e Democratas de Murilo Zauith e ex-ministro Luis Henrique Mandetta. O partido Rede também não confirma disputa pelo Executivo.
O DEM e o PSB já confirmaram apoio a reeleição de Marcos Trad.