A senadora Simone Tebet (MDB-MS) afirmou que a reforma do regime previdenciário do Brasil deve ser aprovada até a metade deste ano. Já quanto aos projetos que preveem a redução da maioridade penal e o porte de armas, conhecidos como pautas de costumes, não precisam de tanta pressa.
Ela disse isso em entrevista ao jornal Folha de São Paulo.
“O que depender de mim, o Brasil vai poder contar comigo para aprovar esta medida [reforma da Previdência] o mais rápido possível. A meu ver a Previdência tem que ser aprovada nos seis primeiros meses de governo”, apontou.
Ainda sobre esse tema, a emedebista disse acreditar que a pauta econômica é “prioritária para sairmos o mais rápido possível desta crise. Estamos falando em abstrato porque ainda não temos o texto [da reforma previdenciária]. Dentro daquilo que a princípio se fala, acho mais do que razoável o que vai ser apresentado”.
O ponto alto da reforma em questão deve mexer nas regras da aposentadoria. Hoje, o benefício por tempo de contribuição não faz a exigência da idade. O contribuinte se aposenta com 35 de idade de contribuição homem, ou 30 anos se mulher.
PAUTA DE COSTUMES
Já quanto às propostas sobre porte de armas e redução da maioridade penal, a senadora acha que o governo de Bolsonaro deve lidar o caso com serenidade, não de modo precipitado.
Simone disse, à Folha, que “o governo tem que entender que não pode tudo e não vai dar conta de tudo. Eles sabem disso. Têm que ter foco para terem resultado. E o foco tem que ser a prioridade do país: a pauta econômica e combate à violência, à corrupção”.
Para ela, a redução da maioridade penal e posse de arma, são pautas “muito polêmicas” e podem “atrapalhar a rapidez na votação dos outros projetos”.
“A pauta de costumes pode tramitar normalmente, ouvindo-se a sociedade, fazendo audiências públicas, passando na tramitação normal das comissões. Ela não pode, de forma alguma, ser um obstáculo às duas agendas prioritárias”.
Ou seja, Simone crê que se o governo de Bolsonaro insistir em mexer logo nas pautas de costumes, pode retardar a aprovação da reforma da Previdência, por exemplo.