A coordenação da campanha da senadora Simone Tebet (MDB-MS) definiu que apostará na equidade racial como bandeira para impulsionar a candidatura presidencial. A decisão foi tomada em reunião nesta quarta-feira (5), conforme informações do Painel Folha de S. Paulo.
A ex-prefeita de Três Lagoas patina para ganhar apoio popular, aparecendo com apenas 1% das intenções de votos na pesquisa Datafolha de 16 de dezembro. Os números são semelhantes ao que obtivera o também sul-mato-grossense Luiz Henrique Mandetta, que desistiu de levar o projeto a frente.
Como Simone não representa nenhuma minoria, o MDB pretende procurar organizações e empresas para garantir o debate racial em torno da candidatura da senadora. O MDB-Afro, inclusive já garantiu um time de apoio: Aline Torres, secretária de Cultura de São Paulo; Carol Arão, membro do MDB-Afro e filha do cantor Netinho de Paula; e a enfermeira Mônica Calazans, a primeira pessoa vacinada contra a Covid-19.
O partido também pretendia filiar Carlos Alberto da Cunha, o Delegado Da Cunha, mas ele desistiu porque o partido é aliado do PSDB e ele um grande crítico do governador de São Paulo, João Doria.
Lideranças do MDB têm afirmado internamente que a candidatura de Simone é importante para o partido não somente do ponto de vista eleitoral, mas também para a construção de uma imagem política renovada para a sigla. Por sua vez, a senadora se recusa em falar como vice, apesar de poder ceder a uma aliança posteriormente.