A senadora Simone Tebet (MDB-MS) busca apoio da bancada do PSD, bancada feminina e senadores independentes para consolidar a candidatura à presidência do Senado pelo MDB. A estratégia da parlamentar é buscar votos fora do partido.
O deputado Baleia Rossi (MDB-SP), que é presidente nacional da sigla, também dá sinais que prefere Tebet, mas o senador Renan Calheiros (MDB-AL) pode ser um empecilho, já que nos bastidores movimenta outros nomes.
Em reunião, o MDB decidiu que o partido terá um candidato único na eleição e Simone tenta convencê-los de que o cenário pede mudança equilibrada. “É agora que o jogo começa, mas é certo que não seria candidata se não tivesse tido conversas com outros parlamentares. O MDB hoje tem consciência de que o adversário não está dentro do partido e precisa buscar os votos fora”, disse Simone, que acredita na unidade partidária.
Como a sigla tem 13 senadores e é a maioria no Senado, pode eleger um presidente. Além de Simone, o MDB tem mais três candidatos: Eduardo Braga (líder do partido no Senado), Eduardo Gomes (líder do Governo no Congresso) e Fernando Bezerra (líder do Governo no Senado).
Pedra no sapato
O senador Renan Calheiros tenta ganhar espaço novamente na Casa. Ele já foi presidente por três vezes e tenta emplacar as candidaturas de Marcelo Castro (PI) e Márcio Bittar (AC), conforme a CNN Brasil. Calheiros não é próximo de Simone e dá a entender ser contra a investidura.
Há dois anos, quando Davi Alcolumbre (DEM) ganhou a eleição, o MDB havia rachado na disputa entre Renan Calheiros e Simone Tebet. A disputa interna não é saudável, segundo a senadora. “Não ter proporcionalidade, significa transformar o Senado em balcão de negócios. Isso não é saudável para a democracia”.