O MDB oficializou, nesta quarta-feira (8), a pré-candidatura da senadora Simone Tebet (MS) à Presidência da República. A senadora aceitou o desafio de disputar o cargo, fez duras críticas ao governo de Jair Bolsonaro e propôs soluções para a crise.
A sul-mato-grossense é primeira mulher a entrar na disputa pelo Palácio do Planalto no pleito de 2022.
"Gostaria de dizer que eu aprendi uma grande lição com a militância do MDB, com o MDB mulher, MDB diversidade, ambiental e todos os núcleos. Aprendi como MDB, que missão não se escolhe, se cumpre. Política é arte de construção no coletivo", disse ela, que agradeceu o presidente nacional do partido, deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP).
A parlamentar fez críticas ao governo de Jair Bolsonaro (PL), falou da negligência do governo federal pelas mortes pela covid-19, sobre a fome que atingiu o país, a alta no desemprego e inércia da gestão, além da destruição do meio ambiente e biodiversidade, uma mancha no agronegócio. Ela defende mudança urgente no cenário.
"Um governo que não tem projeto, que não tem prioridade e não tem planejamento. Que impede nossos trabalhadores de ganhar o seu pão. Um governo que cria crises artificiais e promove a discórdia e a polarização."
Pronta para disputar
"Não só estou pronta, mas tenho condições de ser no futuro a próxima presidente da República. Aceito ser pré-candidata e aceito a capacidade de ouvir e de aglutinar. O MDB diz sim, porque é o maior partido do Brasil e sempre teve coragem de lutar pelo o que o Brasil mais precisa em momentos difíceis. Aceitei o chamamento porque ouvi o clamor da militância e da população."
A senadora se emocionou ao dizer que 5 milhões de crianças dormem com fome atualmente e defendeu o programa renda básica como solução imediata, e depois emprego para as famílias. Ela defendeu também incentivo a empresas, indústrias e ao setor privado, além de dizer que o poder público deve oferecer condições necessárias para isso.
"Não basta apenas boas ideias, é preciso que possamos entender o papel do Estado, que seja necessário dê ambiente seguro para que o Capital, setor privado possa investir e que o seto público consiga fazer o seu papel. Temos que fazer a reformas estruturantes, reformas tributárias, mas não essa oferecida hoje pelo governo."
Simone Tebet agradeceu a Mato Grosso do Sul e a lideranças como o ex-governador André Puccinelli, presidente regional Júnior Mochi e demais figuras partidárias.