A senadora Simone Tebet (MDB-MS) tem se recusado a dizer se aceitaria ou não o convite para assumir um ministério do governo Jair Bolsonaro (PSL).
O assunto tem motivado buchichos nos corredores do Senado desde a semana passada, quando o presidente admitiu desmembrar o ministério de Desenvolvimento Regional em duas pastas, Cidades e Integração Nacional.
Por meio da assessoria de imprensa, Simone, que seria indicada a chefiar o ministério da Integração Nacional, disse que não pode comentar o assunto porque o ministério “nem sequer existe ainda”. Hoje, a senadora sul-mato-grossense ocupa missão de destaque no Senado - ela preside a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).
A informação sobre a criação dos ministérios, conforme noticiou a imprensa nacional, surgiu de uma conversa que envolvera Bolsonaro e o ministro Onyx Lorenzoni, da Casa Civil. Ampliar os ministérios seria um meio de o presidente agradar os parlamentares e, com isso, obter apoio pelas reformas, a da Previdência uma delas.
Indicaria os nomes para ocupar a pasta os presidentes Davi Alcolumbre (PSL-AP) e Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ocorre que os dois estão viajando para o exterior e o assunto ministério deve ser resolvido somente na semana que vem. Para o surgimento das duas pastas é preciso que a ideia seja aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado.
As chances de Simone cresceriam caso Alcolumbre seja, de fato, o interlocutor de Bolsonaro na indicação do nome para a pasta.
No entanto, há a possibilidade de o chamado Centrão, que inclui as legendas como o PRB, SD, PR, PP, DEM e PP, fique com a vaga. Nesse caso, a senadora estaria fora do páreo.
Se Simone assumisse o ministério, ocorreria um fato inédito na política sul-mato-grossense. Daí o Estado contaria com três ministros de uma só gestão: Saúde (Luiz Henrique Mandetta) e Agricultura (Tereza Cristina).
Dois parlamentares de MS, os deputados federais doutor Luiz Ovando (PSL) e Vander Loube (PT) já disseram publicamente ser favorável à indicação da senadora.