Formada por deputados federais e senadores, a CPMI das Fake News (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) tem o senador Nelsinho Trad (PSD) como representante de Mato Grosso do Sul e, nos próximos dias, deve ouvir representantes de empresas de tecnologia e redes sociais como o WhatsApp, Twitter, Telegram, Facebook, Instagram e Google.
Isso foi possível depois de uma articulação do senador Flávio Bolsonaro (PSL) cair por terra, o que deixa o sul-mato-grossense em confronto com o clã do presidente.
Ao TopMídiaNews, o senador Nelsinho Trad disse que a Comissão é importante, mas o essencial é não deixar o tema se politizar investigando somente situações que atingiram ideologicamente um partido ou outro. Para ele, a neutralidade e investigação igualitária a todos são fundamentais.
Trad explicou que a missão dos senadores e deputados irá normatizar esses pontos na era da evolução digital.
“A CPMI da Fake News é importante nessa nova era que estamos atravessando. Temos que separar aqueles que prestam uma informação ética, séria e verdadeira, daqueles que usam esse instrumento para denegrir a imagem daquele afetado e denegrir a imprensa séria e ética do nosso país”, diz.
O senador defende que o resultado da CPMI seja para elaborar uma normatização que venha a punir de forma exemplar as pessoas que estão usando as redes sociais para disseminar noticias falsas.
“Entendo que em todo o Brasil existe esse tipo de situação que atinge a honra daqueles que, muitas vezes, ficam sem defesa para combater esse mal”, diz o senador.
Flávio Bolsonaro é contra empresas no Congresso
Enquanto o senador Nelsinho diz que, como integrante da Comissão e representando o MS, vai usar todo o conhecimento e ferramentas do Senado para ‘passar a limpo’ todos os fatos; o senador Flávio Bolsonaro (PSL) é contra os requerimentos que chamam representantes das empresas de redes sociais ao Congresso.
Nesta semana, Flávio Bolsonaro articulou junto a integrantes da base do governo a tentativa de votar contra os nove requerimentos, mas sofreu derrota.
De acordo com a Agência do Senado, o filho do presidente entende que a CPMI não tem fato determinado e a vinda de representantes das empresas é uma desculpa para se arranjar algo que possa ser investigado.