Principal defensor do governo Jair Bolsonaro em Mato Grosso do Sul, o deputado federal Luiz Ovando (PP) defende a investigação do escândalo sexual envolvendo o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães.
Pedro está sendo investigado pelo Ministério Público Federal do Distrito Federal após denúncias de assédio sexual feitas por funcionárias do banco.
Para Ovando, "se há culpa deve ser punido". "Quem me conhece sabe que minha postura ética é inegociável. Tanto na vida privada quanto na pública, agora como deputado federal, pré-candidato à reeleição, não defendo meio-termo sobre nada. Devemos ser corretos o tempo todo, em qualquer situação. Daí meu posicionamento igual em todos os casos de denúncia contra gestores públicos. Se há culpa, que sejam devidamente punidos."
Parte dos relatos veio a público nesta terça-feira (28), em reportagem do portal Metrópoles (clique aqui para ver).
Amanhã (30), o presidente da CEF vem a Campo Grande, para inaugurar o residencial Canguru com 300 apartamentos, ao lado do presidente Jair Bolsonaro (PL).
O advogado e deputado federal Fábio Trad (PSD) afirma que as investigações devem ser rigorosas. "São denúncias que aparentam seriedade e merecem investigação imparcial e rigorosa."
O mesmo diz Rose Modesto (União). "Uma suspeita de assédio sexual deve ser investigada com rigor independente de governo. Aliás, a defesa da mulher vítima de violência deve ser feita frente a qualquer governo que esteja no poder naquele momento. Minha solidariedade a todas as mulheres que passam por situações criminosas como as relatadas e que a gente acompanhe com toda lucidez e responsabilidade essas denúncias".
Dagoberto Nogueira (PSDB), mesmo em partido aliado ao governo, criticou Jair Bolsonaro. "Fico cada vez mais perplexo com o nível de pessoas que trabalham e seguem esse cara, é um país à deriva".
Pelo PT, Vander Loubet reforçou que "é uma denúncia grave, muito grave". "Daí a importância dessa investigação conduzida pelo MPF para apurar os relatos das mulheres que informaram ser vítimas de assédio. Acredito que toda a sociedade, homens e mulheres, devem apoiar essa investigação e, em se comprovando os fatos, cobrar a devida punição, a aplicação da lei".
Toda a bancada federal de MS foram questionados sobre o assunto. Não responderam: Beto Pereira (PSDB), Tereza Cristina (PP) e Loester Trutis (PL).
* Matéria editada às 13h19 para acréscimo de informações