A demissão do ministro da Justiça e Segurança Pública, anunciada pelo ex-juiz federal nesta sexta-feira (24), repercutiu na imprensa internacional. Moro deixa a pasta após um ano e quatro meses.
A demissão, conforme já noticiado pelo G1, foi motivada pela decisão de Bolsonaro de trocar o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, indicado para o posto pelo agora ex-ministro. A Polícia Federal é vinculada à pasta da Justiça.
O jornal britânico “The Guardian” destacou que Moro foi uma “estrela” do governo de Bolsonaro e que sua saída enfraquece o governo.
A saída de “uma das mais populares figuras da administração da extrema direita de Jair Bolsonaro”, conforme o jornal, cria um conflito político potencialmente importante em um momento em que o país tenta conter a pandemia do coronavírus.
Já para o jornal norte-americano a saída do ministro acontece em meio a um governo tumultuado. O 'NY Times' diz que a saída de Moro é um protesto por conta da exoneração do diretor da Polícia Federal e destacou o pedido do agora ex-ministro para que o presidente Jair Bolsonaro reconsiderasse a decisão.
O jornal português destacou a fala de Moro sobre interferência de Bolsonaro na autonomia da PF, um dos motivos para a demissão.
No jornal argentino, Moro foi visto como de "símbolo da Lava Jato" e deu destaque à exoneração do diretor da Polícia Federal, Mauricio Valeixo como uma das principais motivações para sua saída do Ministério.