O pré-candidato do PSDB ao Governo de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, foi um dos grandes artífices, nos últimos sete anos, do processo de interiorização do desenvolvimento no Estado, por meio de uma política “municipalista”, durante suas passagens pelas secretarias estaduais de Governo e Infraestrutura. Mas, muita gente não compreende a importância do municipalismo. Riedel explica.
“Há 45 anos todos falam disso. Mas nos últimos sete anos nós colocamos este conceito em prática no Mato Grosso do Sul. Municipalismo é definir prioridades para cada município e aplicar investimentos para que estas prioridades sejam atendidas. Isso destrava os gargalos dos municípios. Nosso plano de governo é individualizado para cada município, pois sabemos as angústias de cada um deles. Sabemos a demanda de cada um”, esclarece.
Eduardo Riedel explicou como o Municipalismo tem afetado a Saúde e a Educação no Estado, e o que vem por aí ainda. Segundo ele, a interiorização da Saúde é um exemplo desta estratégia. “Assumimos um governo com 500 mil pessoas na fila de procedimentos, por isso realizamos a Caravana da Saúde. Depois tivemos a pandemia, que comprometeu o sistema de saúde, mas que foi enfrentada com investimentos sólidos. Na semana passada vimos a inauguração do Hospital Regional de Três Lagoas. O de Dourados está em andamento e o de Ponta Porã já está funcionando. Isso fez com que o atendimento de pacientes do interior em Campo Grande caísse de 45% para 9%”.
Qual o próximo passo? Riedel, novamente, aponta o caminho: “Vamos concluir a interiorização e atacar uma das principais causas da insatisfação das pessoas: a atenção básica, o posto de saúde que está caindo aos pedaços, as pessoas aguardando horas na fila, sem médico para atender. Tem municípios que fizeram o dever de casa e dão show na atenção primária, com mais de 95% de cobertura, e tem municípios que não fizeram bem este trabalho. Vamos ter que cobrar duramente este resultado, pois eles são o ponto de partida da complexa administração da saúde”.
O financiamento da saúde pública no Brasil é tripartite. Isso significa que a União os Estados e Municípios tem que contribuir com uma fatia de sua manutenção. Historicamente esta divisão tem pesado mais nos cofres estaduais e municipais, que são os grandes responsáveis pela manutenção da máquina do SUS hoje. Para Riedel, A manutenção do custeio de leitos de UTI e o financiamento do próprio SUS passam, portanto, por políticas públicas que permitam investimentos superiores ao teto constitucional da Saúde.
“Para isso, é preciso fortalecer ainda mais a nossa economia, dando aos municípios fôlego fiscal para ampliarem sua margem de investimentos. Da mesma forma, o Estado deve garantir não só o mínimo constitucional mas, também, ampliar este percentual conforme a necessidade. Para isso, vamos continuar trabalhando para aumentar a pujança econômica de Mato Grosso do Sul, gerando mais riquezas e, em consequência, aumentando nossa capacidade de investimento”, disse o pré-candidato.
Além disso, reforça Riedel, o investimento mais importante para o setor se dá em ações de promoção de saúde e prevenção de doenças, e também na atenção primária, que devem estar associadas a outros setores, como a questão do saneamento e dá segurança no trânsito, que também impactam na saúde. “Tudo isso tem grande influência na redução do número de internações hospitalares, desafogando o setor. São ações tão ou mais importantes do que a construção de hospitais. Outro aspecto que influencia na economia de recursos é qualificação profissional e a infraestrutura e tecnologia dos serviços hospitalares. Vamos estar focados nisso”.
Na educação, Eduardo Riedel destacou o processo de ampliação das escolas em Tempo Integral. Para ele, trata-se de uma grande ferramenta de transformação. “Estamos com 40% dos alunos estudando na rede de Tempo Integral. Temos o MS Alfabetiza, ajudando os municípios com formação continuada de professores e material didático para alfabetizar nossas crianças com qualidade. Temos também o MS Matemática, com apoio financeiro e recursos técnico aos municípios. Isso é fruto de uma gestão municipalista”, explica. Outra grande transformação destacada por Riedel na educação é a rede de infovias digitais, com 7 mil km de fibra ótica, que será instalada no Estado e que terá um impacto enorme no setor.
Mas nada disso adianta sem qualificação profissional. Por isso ele destaca a importância de valorizar e oferecer recursos de desenvolvimento profissional aos profissionais da educação (e de todas as áreas do poder público). “Vamos apostar forte na qualificação destes quadros tão importantes para o futuro do Estado”, avisou.