O presidente nacional do PTB e ex-deputado Roberto Jefferson fez ironias e relatou problemas de saúde, durante audiência de custódia realizada neste sábado (14).
Sua defesa pediu a mudança para o regime domiciliar, mas o juiz instrutor Airton Vieira manteve Jefferson preso e argumentou que caberá ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes analisar o pedido.
As informações são do Globo.
Jefferson foi preso na sexta-feira pela PF, após decisão do ministro Alexandre de Moraes, por ter realizado ameaças e ataques aos ministros da Corte e às instituições democráticas.
Questionado se havia sido bem tratado pelos policiais federais que cumpriram sua prisão, Jefferson afirmou que "não houve nenhum problema e não tenho nenhuma reclamação". Mas ironizou, de acordo com o registro na ata da audiência: "Só tive que aturar três flamenguistas na viagem, sendo eu botafoguense".
Ainda segundo o site, o advogado, Luiz Gustavo Pereira da Cunha, também citou que Jefferson tem problemas de saúde e, por isso, pediu que ele fosse para prisão domiciliar. Disse ainda que ele seria "jurado de morte" por facções criminosas e que estaria em risco de morte por estar preso. Mas a defesa não apresentou detalhes a respeito disso.
O representante da Procuradoria-Geral da República (PGR) que participou da audiência por designação do procurador-geral Augusto Aras, o promotor de Justiça André Alisson Leal Teixeira, não se manifestou a respeito do mérito da prisão. Apenas perguntou a Jefferson se teria alguma queixa. O promotor não fez nenhum requerimento sobre a manutenção da prisão ou o pedido de prisão domiciliar.
Ao final da audiência, o juiz Airton Vieira determinou o envio dos autos para o ministro Alexandre de Moraes apreciar o pedido. "Sigam os autos para o senhor ministro relator, para que possa apreciar a questão ora requerida, vale dizer, conversão da prisão preventiva em prisão domiciliar do custodiado Roberto Jefferson", decidiu.