Ricardo Salles, até então ministro do Meio Ambiente, deixou o cargo nesta quarta-feira (23) a pedido próprio. A decisão foi consumada no Diário Oficial da União e a exoneração foi assinada pelo presidente Jair Bolsonaro.
O decreto que confirmou a saída do ex-ministro também detalhou quem seria o substituto da pastas, onde o atual governante decidiu por Joaquim Alvaro Pereira Leite como novo membro do governo Bolsonaro.
Alvo de investigação de um inquérito instaurado pelo STF (Supremo Tribunal Federal), a passagem de Salles foi marcada por muitas polêmicas. A investigação foi um pedido expresso da Procuradoria-Geral da República, por conta do ministro ter atrapalhado as investigações sobre apreensão de madeira.
As primeiras polêmicas envolvendo o ministro aconteceu na tão conhecida reunião ministerial em 22 de abril de 2020. Na ocasião, Salles sugeriu que o governo aproveitasse a pandemia da Covid-19 para "ir passando a boiada" no que diz respeito as regras ambientais.
Em manifestação no Palácio do Planalto após o pedido de demissão, Salles relacionou medidas que adotou à frente da pasta e reclamou das críticas. "Experimentei ao longo destes dois anos e meio muitas contestações, tentativas de dar a essas medidas caráter de desrespeito à legislação, o que não é verdade", declarou.
O ex-ministro defendeu uma transição "serena". "Para que se faça da maneira mais serena possível, apresentei meu pedido de exoneração", disse.
Essa é 25° troca dos comandos dos ministérios feita pelo presidente Jair Bolsonaro. Desde que assumiu o comando do país, ele fez um rodízio, mas é a primeira vez que ele troca o responsável por gerir a pasta do Meio Ambiente.