Os encontros sucessivos do presidente Michel Temer com integrantes do PSDB, entre os quais o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o ex-prefeito João Doria, têm causado grande irritação no núcleo central da pré-campanha de Geraldo Alckmin (PSDB).
A avaliação do grupo mais próximo a Alckmin é a de que qualquer aproximação entre PSDB e Temer resultará em consequências negativas para o pré-candidato tucano, principalmente porque o presidente tem rejeição recorde de 79%.
"É desastroso qualquer movimento de associar Alckmin com o governo Temer", avaliou ao blog um integrante da campanha tucana.
Diante disso, o núcleo duro da campanha de Alckmin decidiu fazer um discurso preventivo para evitar qualquer tipo de aproximação com Temer.
Mesmo com o retorno do debate sobre a necessidade de uma união de candidaturas de centro, a ordem é rebater esse movimento.
Por isso, o grupo de Alckmin passou a reforçar que a aliança preferencial é com o DEM, não com o MDB. E que o nome preferido para candidato a vice é o do deputado Mendonça Filho (DEM-PE), não o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB).
De todo jeito, há no DEM uma ala influente que defende uma aliança do partido com Ciro Gomes, pré-candidato do PDT ao Palácio do Planalto.
Henrique Meirelles
Hoje, Henrique Meirelles descarta qualquer possibilidade de ser candidato a vice de Alckmin. O ex-ministro também minimiza os encontros de tucanos com Temer.
A interlocutores, Meirelles afirmou que a reunião de Temer com Doria e Paulo Skaff (MDB-SP) foi para tratar exclusivamente das eleições de São Paulo. Os dois são pré-candidatos a governador do estado.