Marcelo Bruma, presidente regional do Partido Verde em Mato Grosso do Sul, repudiou e lamentou a revogação do decreto que excluía totalmente a produção e plantio de cana-de-açúcar em biomas da Amazônia, Pantanal e a Bacia do Alto Paraguai. O advogado lembrou o caso do ativista Francisco que morreu em 2005 em protesto a favor da preservação do Pantanal.
Ele cobrou a decisão em publicação na página oficial do PV e diz que o governo federal errou ao não promover debate com a sociedade.
“A sociedade sul-mato-grossense tem se mobilizado durante décadas em defesa da preservação do Pantanal. Nessa luta, tivemos, inclusive, a morte do ambientalista Francisco, que em um ato extremo deu a própria vida em defesa do Pantanal”, diz.
Bluma, que é pré-candidato a prefeitura de Campo Grande em 2020, acha que a possibilidade é um risco para a região. “Para que aumentar a pressão pelo desmatamento e também pelo uso indiscriminado de agrotóxicos, quando poderíamos fortalecer o desenvolvimento sustentável da região?”, indagou.
Morte do ambientalista
Em 2005, o ambientalista Francisco Anselmo Gomes de Barros, 65 anos, ateou fogo ao corpo em meio a um protesto contra a instalação de usinas de álcool e açúcar na bacia do rio Paraguai, no Pantanal.
À época, uma proposta para instalação de usinas foi enviado à Assembleia e o manifesto reuniu cerca de 150 pessoas.
O ambientalista colocou dois colchonetes em forma de cruz na calçada, jogou gasolina ao corpo e nos colchões e ateou fogo. Ele foi socorrido, mas morreu na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da Santa Casa.
(Francisco durante protesto, Foto: Ecoa.org)