O ex-governador André Puccinelli (MDB) corre o risco de passar o segundo domingo no Centro de Triagem Anízio de Lima, onde está preso desde o dia 20, exatamente uma semana atrás.
Advogados dele ingressaram com o pedido de soltura no STJ (Superior Tribunal de Justiça) e acreditavam que a apelação seria julgada ainda ontem, na quinta-feira, o que não ocorreu.
Agora, apostam que uma definição seja anunciada até o fim da tarde desta sexta-feira (27). O caso está nas mãos do ministro do STJ, Humberto Martins, que até a publicação desta material não havia se manifestado.
Detido por lavagem de dinheiro, Puccinelli já tinha experimentado a mesma cadeia, em novembro do ano passado. No entanto, ele dormiu lá somente uma noite porque o TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) mandou soltá-lo.
A mesma corte, contudo, negou libertá-lo agora, daí os defensores do ex-governador decidiram por recorrer ao STJ. Se a corte federal rejeitar o pedido, há a possibilidade de os advogados apelarem de novo ao TRF-3.
Puccinelli foi detido com o filho André Júnior e o advogado João Paulo Calves, que seria dono do Instituto Ícone de Ensino Jurídico, empresa que, segundo o MPF (Ministério Público Federal), teria sido usada para captar dinheiro de propina, da JBS, por exemplo.
Para o MPF, Puccinelli Júnior seria o real dono do instituto e Calves, uma espécie de testa de ferro do filho do ex-governador.
Desde que foi preso, Puccinelli tem recebido visitas diárias, de advogados, políticos e amigos. Outros presos têm direito a visitas somente no domingo.
O MDB, ao menos até esta sexta-feira (27), mantinha firme a data da convenção do partido (4 de agosto), evento que oficializa a candidatura de Puccinelli ao governo do Estado.