Citado como um dos beneficiários do esquema de propina do grupo JBS, o ex-governador André Puccinelli (PMDB) negou com veemência as acusações, e chamou a história de “inverossímil”, devido aos valores.
“É inverossímil a história de R$ 30 milhões mais R$ 60 milhões, pois tem de ver quanto os benefícios teriam reduzido de ICMS. Os ‘pseudo’ R$ 90 milhões não caberiam dentro da redução de ICMS dos incentivos . É só pegar os termos de acordo e somar”, afirmou.
Segundo Puccinelli, tudo era feito diretamente na Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda). “Os termos de acordo eram estudados por equipe técnica da Secretário de Fazenda levados ao Secretário para depois ter o de acordo formal do governador e registrados em Cartório”.
Ele ainda garantiu que viu o vídeo da delação, mas que não tinha operador nenhum no esquema, apesar de conhecer os dois citados por Joesley. “Vi o vídeo. Conheço o Ivanildo . O tenho como amigo não próximo. Nunca o tive como operador e muito menos o André Cance como sugeriu o Sr. Wesley no último ano”.
Cance foi um dos presos na quarta fase da operação Lama Asfáltica que acabou gerando uma fiança de R$ 1 milhão contra Puccinelli além do uso de tornozeleira eletrônica. A decisão foi suspensa na última quarta-feira pelo desembargador do Tribunal Regional Federal Paulo Fontes, da 3ª Região.