O PSD, partido do senador Nelsinho Trad, decidiu criar uma comissão de acompanhamento do impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Em resposta, o deputado federal Luiz Ovando (PSL), que participou dos protestos de 7 de setembro, acabou culpando o PDSB, do governador João Doria, pelas articulações de derrubada do governo.
O fiel escudeiro de Bolsonaro acredita que a trama está sendo montada para viabilizar a candidatura de Dória para concorrer a presidência em 2022. "PSDB quer requentar o impeachment da esquerda para alimentar o dragão da ambição de poder do Doria e a ala perdoada pelo STF. Não é assim que se viabiliza candidatura", disse Ovando no Twitter.
Em contrapartida, após os manifestos de apoio ao presidente e os discursos de Bolsonaro em tom de ameaça ao STF (Supremo Tribunal Federal), o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, tem repensado o apoio ao Messias e pendido cada vez mais para tirar o "time de campo".
Segundo a Folha de São Paulo, a comissão montada pelo partido terá como integrantes: o senador Nelsinho Trad, líder do PSD no Senado, Antonio Brito, líder do partido na Câmara, e Kassab.
A comissão terá como objetivo analisar continuamente os pronunciamentos e a conduta de Bolsonaro, com o objetivo de definir qual a postura que o PSD deverá tomar diante deles, que pode ser, ao fim, o apoio oficial ao pedido de impeachment do presidente.
Até o momento, o senador Nelsinho Trad não emitiu posicionamento sobre a decisão de Kassab. O espaço está aberto.