O prefeito Marquinhos Trad (PSD) criticou a falta de reuniões do Codecon (Conselho de Desenvolvimento Econômico) no ano passado, o que, segundo ele, travou a economia municipal. A fala foi imediatamente rebatida na Câmara Municipal pela ex-titular da Sedesc (Secretaria de Desenvolvimento Econômico) durante a gestão de Alcides Bernal e agora vereadora, Darleng Campos (PP). Ela ficou irritada com a situação e tentou se justificar.

“Ano passado nós tivemos muitas dificuldades para reunir o conselho porque não tinha quórum, apareciam os representantes do município, mas os representantes da sociedade não estavam lá”, justificou a vereadora.

Ela desmentiu Marquinhos falando que foram três reuniões em um ano. “Boa parte dos projetos que chegaram aqui foram projetos aprovados em 2016, das únicas duas reuniões para discutir o assunto. Agora 80% dos projetos que são do ano passado”, já apontando outro número. “Foram várias e várias vezes”, disse ela sem citar um número exato.

Empresa

 A justificativa partiu depois que Marquinhos apontou que, neste ano, já foram cinco encontros do conselho. “Ano passado foi só uma reunião do Codecon, neste ano, em três meses, nós já fizemos cinco”, lembrou Marquinhos ao falar do pacote de projetos apresentados na Câmara Municipal para a investimentos do Prodes em 22 duas novas empresas no primeiro pacote e 25 outras em outro pacote a ser apresentado daqui a duas semanas.

Sobre o posicionamento de Darleng, o prefeito apontou que os projetos até passaram por ela quando era secretária, mas que sequer chegaram na Câmara. “O desentendimento entre a Câmara e o ex-prefeito prejudicou os investimentos em Campo Grande nos últimos quatro anos, mas não posso culpar ninguém, só que não foram aprovados”, afirmou.

Segundo Marquinos, a vereadora Darleng inclusive esteve no gabinete do Prefeito para interceder pela empresa Tranzillis, que estaria desde 2014 tentando se instalar em Campo Grande e teria pedido pessoalmente a Marquinhos para aprovar a instalação da empresa na Capital.

“Atendi ela e os empresários e agora segue para análise da Câmara”, afirmou Marquinhos.

A informação foi confirmada por João Rocha (PSDB), que frisou que o projeto até chegou a ser discutido. “Mas não chegou na Câmara, como vamos nos manifestar em cima de algo que não chegou aqui? Votar o que não chegou na Câmara?”, questionou Rocha.